| Foto: REUTERS/Ronen Zvulun

O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta quarta-feira (23) uma resolução que condena Israel por sua atual ofensiva militar sobre Gaza e cria uma comissão para investigar crimes e violações do direito internacional durante essa operação.

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O único voto contrário foi dos Estados Unidos, que considerou que o conteúdo da resolução é "destrutivo" e que em nada contribui à cessação das hostilidades, enquanto, entre os 47 países-membros do Conselho, a resolução foi aprovada por 29 votos, com 17 abstenções.

Todos os países latino-americanos apoiaram o documento, que pede a Israel que detenha imediatamente sua operação militar e, em geral, todos os ataques contra os civis.

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Além disso, reivindica a suspensão do bloqueio sobre Gaza para a entrada segura de ajuda humanitária e o comércio de bens.

Sobre a comissão investigadora, o documento destaca que terá personalidade independente e internacional, e que deve viajar de forma urgente aos territórios palestinos para realizar sua investigação.

Suas indagações deverão cobrir o período desde o dia 13 de junho, além de incluir a identificação dos responsáveis dos crimes e recomendar medidas para que sejam julgados por seus atos.

"Tudo isto com o propósito de evitar e pôr fim à impunidade, e garantir que os responsáveis prestem contas", indica a resolução.

Todos os países europeus membros de Conselho - Alemanha, Itália, França e Reino Unido, entre eles - preferiram abster-se na votação, depois que mais cedo insistiram que tanto Israel como o movimento islamita palestino Hamas deviam fazer esforços para deter as hostilidades e aliviar o sofrimento da população.

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O documento, que tem um extenso preâmbulo e 16 parágrafos resolutivos, não faz nenhuma menção aos lançamentos de foguetes de Gaza contra Israel.

Na única referência a isso, o Conselho condenou "a violência contra os civis, onde ocorra, incluindo o assassinato de dois civis israelenses como resultado do tiro de foguetes".

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