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Haitianos protestam contra a presença de militares da missão da ONU no país | Thony Belizaire/AFP
Haitianos protestam contra a presença de militares da missão da ONU no país| Foto: Thony Belizaire/AFP

O Conselho de Segurança da ONU decidiu ontem, de forma unânime, pela retirada de 2.750 militares do Haiti, o que deixará a impopular missão Minustah com um tamanho similar ao de antes do terremoto de janeiro de 2010.

A missão da ONU é questionada por muitos haitianos desde o ano passado, quando surgiram acusações de que capacetes azuis nepaleses foram responsáveis por transmitir uma epidemia de cólera no país. A pressão cresceu em setembro, pela suspeita de abusos cometidos por soldados uruguaios a um adolescente haitiano.

A redução, que deixa a Mi­­nustah com 10,6 mil integrantes, é maior que a defendida pelo Brasil. Em setembro, o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amo­­rim, disse apoiar uma retirada de 15% no contingente da força de paz.

Segundo o Comando do Exér­­cito, a redução atingirá 11% do efetivo brasileiro no Haiti (257 militares). Ainda não há data exata para o retorno, mas a ex­­pectativ a é de que seja entre março e abril de 2012.

Mesmo com a pressão para uma retirada total, o Conselho de Segurança optou por uma saída parcial por considerar que, desde o terremoto, há uma tendência de crescimento em todas as categorias de crimes graves, como assassinatos, sequestros e estupros.

O Conselho da ONU considerou, no entanto, que houve avan­­ços desde o desastre, especialmente no campo da política.

"Pela primeira vez, o Haiti teve uma transição pacífica de poder entre um presidente de­­mocraticamente eleito e outro de oposição", afirmou em comunicado.

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