As Nações Unidas condenaram nesta sexta-feira (9) o "uso excessivo da força" por parte do governo da Venezuela para conter "protestos pacíficos" em Caracas e afirmou ter recebido denúncias sobre a falta de informações do paradeiro de manifestantes detidos. A Guarda Nacional Bolivariana (GNB) desmantelou na quinta-feira (8) acampamentos de protestos na capital, detendo 243 jovens. Pelo menos um deles foi montado diante de um escritório da ONU em Caracas.

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"Condenamos toda a violência por todas as partes na Venezuela, mas estamos particularmente preocupados com relatos sobre o uso excessivo de força por parte das autoridades em resposta aos protestos", disse de Genebra o porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville.

Ele recordou que a polícia venezuelana desalojou, entre outros, "um movimento que acampava pacificamente" em frente à sede das Nações Unidas em Caracas, e reiterou o apelo da organização ao governo para "garantir que as pessoas não sejam penalizados por exercerem o seu direito de reunir pacífica e à liberdade de expressão".

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A megaoperação da polícia vem poucos dias após a ONG Human Rights Watch divulgar relatório no qual denuncia a violação dos direitos humanos contra manifestantes na Venezuela.

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