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A Organização das Nações Unidas espera resgatar no sábado (9), durante uma trégua de duas horas, 21 integrantes de uma força de paz que foram capturados por rebeldes sírios, disseram funcionários da ONU e um grupo oposicionista.

O chefe das missões de paz da ONU, Hervé Ladsous, disse que os 21 filipinos estão sendo mantidos nos porões de quatro casas na aldeia síria de Jamla, que fica perto das colinas do Golã, território sírio ocupado desde 1967 por Israel.

Rebeldes locais capturaram na quarta-feira os observadores estrangeiros para exigir que as forças do presidente Bashar al-Assad abandonem a área, após intensos combates nos arredores de Jamla, que está em poder dos insurgentes.

Desde 1974, um contingente da ONU, conhecido pela sigla Undof, fiscaliza o cessar-fogo entre Síria e Israel na região.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, disse que os militares sírios e os rebeldes concordaram em um cessar-fogo entre 10h e 12h de sábado (5h a 7h em Brasília) para permitir a libertação dos membros da força de paz.

A ONU afirmou que havia acordo para que a entrega acontecesse já nesta sexta-feira, mas que devido ao adiantado da hora e à escuridão considerou-se mais seguro deixar a operação para o dia seguinte.

O porta-voz rebelde Abu Essam Taseel disse que um comboio encarregado de recolher os homens havia chegado à aldeia de Nafea, a cerca de um quilômetro de Jamla, mas que não pôde avançar mais devido a intensos bombardeios do Exército sírio.

Ladsous manifestou a preocupação de que, após a entrega dos militares estrangeiros, haja retaliações das forças sírias contra a aldeia e sua população civil.

O embaixador sírio na ONU, Basha Ja'afari, disse a jornalistas que o Exército está alvejando áreas nos arredores de Jamla, onde os rebeldes estariam concentrados, e não a aldeia propriamente dita.

"Sabemos com certeza o que estamos fazendo, e sabemos onde estão os membros da força de paz", afirmou ele.

"As forças do governo sírio estão fazendo exatamente o que precisam fazer para trazermos de volta em segurança os membros da força de paz, garantir a segurança dos habitantes dessas aldeias e expulsar esses grupos terroristas armados da área", disse o diplomata.

Taseel, o porta-voz rebelde, disse que três tanques e dois outros veículos do Exército se retiraram dos arredores de Jamla, mas que as forças de Assad ainda continuam presentes na região, promovendo bombardeios.

Em vários vídeos divulgados na quinta-feira, os membros da força de paz declararam estar sendo bem tratados por civis e rebeldes. Taseel disse que eles são "hóspedes" da aldeia, e não reféns.

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