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A agência de clima e ambiente da Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta quinta-feira (29) que não há razão para alarme a respeito de um buraco de tamanho recorde detectado neste mês na camada de ozônio –que protege a vida terrestre do sol –, já que ele voltará a encolher.

O tamanho do buraco que surge na Antártida varia, normalmente chegando à sua maior dimensão na primavera polar, quando temperaturas extremamente frias e a volta da luz solar liberam radicais de cloro que destroem o ozônio.

No ano passado, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou ter detectado o primeiro sinal de recuperação do ozônio, sobretudo devido à uma proibição de gases que destroem o ozônio em vigor desde 1987, mas disse também que uma década pode se passar até que o buraco comece a encolher.

Neste ano, uma estratosfera mais fria do que o normal ampliou o buraco, que atingiu o limite de 28,2 milhões de quilômetros quadrados em 2 de outubro – maior que o Canadá e a Rússia juntos.

Foi o recorde do buraco, que é medido nesta mesma data todos os anos, e a abertura se manteve nos níveis diários recordes em todos os dias desde então, afirmou a OMM citando dados da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa, na sigla em inglês).

“Isto nos mostra que o problema do buraco no ozônio ainda está aí e que precisamos continuar vigiando. Mas não há motivo para alarmismo”, disse Geir Braathen, cientista-sênior da Divisão de Pesquisa Atmosférica e Ambiental da OMM, em um comunicado.

Os agentes químicos que destroem o ozônio, como os clorofluorcarbonetos (CFCs), muito usados no passado em geladeiras e latas de spray, foram banidos pelo Protocolo de Montreal de 1987. O Programa Ambiental da ONU disse que o tratado irá evitar 2 milhões de casos anuais de câncer de pele até 2030.

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