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Críticas ao silêncio da ONU levam Ban Ki-moon (foto) a pedir o fim da repressão | Joseph Eid/AFP
Críticas ao silêncio da ONU levam Ban Ki-moon (foto) a pedir o fim da repressão| Foto: Joseph Eid/AFP

O secretário-geral da Orga­nização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu ontem ao presidente sírio Bashar al-Assad que pare de matar seus compatriotas, no mesmo dia em que o regime de Damasco decretou uma "anistia geral" pelos crimes cometidos desde o início da revolta popular. No sábado, o emir do Qatar se mostrou favorável ao envio de tropas árabes para a Síria. É a primeira vez que um dirigente árabe defendeu uma iniciativa como essa.

"Hoje, repito ao presidente sírio Assad: ponha fim à violência, pare de matar seus compatriotas, a repressão não leva a lugar algum", afirmou Ban Ki-moon em Beirute, onde participa de uma conferência da ONU sobre democracia nos países árabes.

Submetido a uma pressão internacional cada vez maior por uma repressão, que, segundo a ONU, já deixou mais de 5 mil mortos, o presidente sírio promulgou ontem uma "anistia geral" para os crimes cometidos entre 15 de março de 2011 e 15 de janeiro de 2012, anunciou a agência oficial síria Sana. É a terceira vez que o regime anuncia uma anistia desde o início dos protestos. A iniciativa faz parte do plano de saída da crise proposto pela Liga Árabe e aceito pela Síria. O plano prevê também o fim da violência, a retirada do Exército das cidades e a livre circulação da imprensa e dos observadores da Liga Árabe.

Desde que os observadores chegaram à Síria, no dia 26 de dezembro, a violência não cessou e mais de 400 pessoas morreram na repressão aos protestos. Só ontem, 27 pessoas morreram em protestos pelo país, de acordo com ativistas. A oposição síria deseja que a Liga Árabe deixe o caso com a ONU. O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, declarou ontem em Mianmar que o silêncio da ONU na questão síria é "intolerável". "O massacre continua, o silêncio do Conselho de Segurança também", criticou.

Os Estados Unidos acusaram o Irã de fornecer armas ao regime de Damasco. Um navio russo, que poderia transportar até 60 toneladas de armas e equipamentos, chegou ao porto sírio de Tartus entre 11 e 12 de janeiro, afirmou o especialista marítimo Mikhail Voitenko.

O chefe da diplomacia britânica, William Haghe, assegurou que as potências ocidentais não têm planos imediatos para uma intervenção militar na Síria.

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