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Genebra - A Alta Comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu ontem que os Estados Unidos e o Iraque investiguem as acusações de abusos contra presos contidas nos documentos militares norte-americanos divulgados pelo site Wiki­­Leaks. O site liberou na sexta-feira cerca de 400 mil relatórios de campo de soldados norte-ame­­ricanos. Muitos contêm relados de graves abusos cometidos pe­­las forças iraquianas e mostram que em muitos casos as tropas dos Estados Unidos não intervieram na tentativa de interromper a violência.

Pillay disse que as informações trazem à tona "temores de que sérias violações da lei internacional dos direitos humanos tenham ocorrido no Iraque". Se­­gundo a comissária, os Estados Unidos e o Iraque deveriam processar os suspeitos de tortura, assassinato e outros crimes.

Os documentos mostram que as forças dos Estados Unidos en­­tregaram prisioneiros para os militares iraquianos apesar de eles apresentarem sinais de abuso. Eles também mostram que os interrogadores norte-americanos mantiveram os questionamentos de detentos iraquianos, apesar de estes ainda estarem se recuperando e apresentarem fe­­ridas ainda eram visíveis após terem sido capturados por forças de segurança iraquianas.

O porta-voz do Departamento de Defesa, coronel Dave Lapan, disse aos jornalistas que o Pen­­tágono suspeita que o Wikileaks tenha em seu poder mais documentos secretos norte-americanos do que informou anteriormente, mas negou-se a dizer que tipo de material seria.

Acredita-se que o grupo tenha outros 15 mil relatórios de campo sobre a guerra no Afeganistão; 260 mil registros diplomáticos confidenciais e vídeos norte-americanos de ataques no Afega­­nistão.

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