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Sede principal das Nações Unidas, em Nova York, EUA.
Sede principal das Nações Unidas, em Nova York, EUA.| Foto: EFE/Mário Villar

“A conduta sexual envolvendo pessoas abaixo da idade mínima prescrita domesticamente como idade mínima de consentimento ao sexo pode ser consensual na prática, mesmo que não o seja legalmente."

É o que diz um relatório de março divulgado pelas Nações Unidas. Em termos mais simples, a ONU está dizendo que menores podem consentir no sexo e que isso é um direito humano.

Este tuíte do presidente da Heritage Foundation, Kevin Roberts, vai ainda mais direto ao ponto. [The Daily Signal é a organização de notícias multimídia da Heritage.]

[“Quando dizemos que eles estão vindo atrás de seus filhos, não estamos brincando”, afirma num tuíte, que continua: “ONU diz que menores podem consentir em sexo. ‘A conduta sexual envolvendo pessoas abaixo da idade mínima prescrita domesticamente como idade mínima de consentimento ao sexo pode ser consensual na prática, mesmo que não o seja legalmente’— diz ONU."]

Uma coisa realmente nojenta.

O feio prédio quadrado e cinza da ONU, ao lado do East River na cidade de Nova York — que começou a ser construído em 1949 —, parece uma relíquia de uma época que já se foi.

As Nações Unidas costumavam estar na vanguarda da imaginação progressista. Nos filmes antigos, a ONU era tratada como um lugar onde aconteciam coisas sérias. Se os alienígenas invadissem a Terra, a ONU apresentaria um plano para nos salvar!

Alguns progressistas mais velhos se apegam a essa fantasia mas, na maior parte, a ONU acaba de se fundir com a vasta gama de organizações não governamentais e sem fins lucrativos que impõem valores sociais de esquerda a vários povos, enquanto fecham os olhos para ditadores e tirania reais.

Gerações de falhas na prevenção de guerras, a inclusão de regimes autoritários no Conselho de Direitos Humanos da ONU e várias outras loucuras transformaram a ONU na piada que sempre foi.

Isso não significa que as Nações Unidas ainda não façam coisas genuinamente terríveis e demonstrem o quão terrível seria uma governança mundial sob esta organização nociva. Brigas, perda de tempo e, geralmente, ser ignorado podem ser os melhores aspectos da ONU atual.

O “Princípio 16” do relatório de março do órgão global, divulgado para o Dia Internacional da Mulher, estabelece a base para o que a ONU considera “conduta sexual consensual”. Diz:

“A aplicação da lei penal deve refletir os direitos e a capacidade das pessoas menores de 18 anos de tomar decisões sobre o envolvimento em conduta sexual consensual e seu direito de ser ouvido em assuntos que lhes digam respeito. De acordo com suas capacidades evolutivas e autonomia progressiva, os menores de 18 anos devem participar das decisões que lhes digam respeito, levando em consideração sua idade, maturidade e melhores interesses, e com atenção especial às garantias de não discriminação”.

Desculpe, eu tenho que dizer isso. OK, groomer. [Groomer é um termo frequentemente utilizado para se referir a adultos em posição de autoridade que tentam aliciar crianças.]

Embora não declare abertamente que é um direito humano dos adultos fazer sexo com menores, o relatório da ONU sugere que uma lei que impeça tal relacionamento é uma violação do direito de uma criança de fazer sexo com quem ela quiser.

“O relatório da ONU ecoa o pensamento de grupos como a North American Man-Boy Love Association, que tolera a pedofilia e trabalha para abolir as leis de idade de consentimento”, escreveu Adam Kredo no Washington Free Beacon. “Embora o relatório não chegue ao ponto de pedir a legalização do sexo com menores, ele afirma que menores de 18 anos têm capacidade mental para fazer sexo voluntariamente com indivíduos mais velhos.”

O relatório é particularmente perturbador, dado que a ONU foi envolvida em vários escândalos envolvendo redes de sexo infantil nos últimos anos. Em 2017, a Associated Press noticiou tais escândalos no Haiti.

“Os homens que vinham de longe e falavam uma língua estranha ofereciam às crianças haitianas biscoitos e outros salgadinhos. Às vezes, eles davam a eles alguns dólares”, relatou a AP. “Mas o preço era alto: as forças de paz do Sri Lanka queriam sexo com meninas e meninos de até 12 anos.”

Fica pior:

Uma investigação da agência de notícias Associated Press sobre as missões da ONU nos últimos 12 anos encontrou quase 2.000 alegações de abuso e exploração sexual por soldados da paz e outras equipes em todo o mundo — sinalizando que a crise é muito maior do que se sabia anteriormente. Mais de 300 das alegações envolviam crianças, segundo a AP, mas apenas uma fração dos supostos perpetradores cumpriu pena de prisão.

As Nações Unidas estão agora tentando justificar o comportamento de seu pessoal?

O relatório da ONU inclui outros aspectos preocupantes além das implicações para as crianças. Ele sugere que a criminalização de qualquer atividade sexual é uma violação dos direitos humanos. Em uma prévia do relatório, a ONU lamenta que “mais de 150 países criminalizem algum aspecto do trabalho sexual”.

Oh, não!

Nada diz mais “progresso” e defesa das mulheres do que aumentar e descriminalizar massivamente a prostituição. Os líderes de direitos humanos na ONU estão extremamente entusiasmados com a forma como essas iniciativas de descriminalização do trabalho sexual podem destruir o patriarcado.

“Hoje é uma oportunidade para todos nós pensarmos sobre poder e sistemas dominados por homens”, disse o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, após a divulgação do relatório em 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

Sim, talvez devêssemos.

Lembre-se de que os Estados Unidos atualmente arcam com 22% do orçamento da ONU, em grande parte graças aos aumentos de financiamento do presidente norte-americano, Joe Biden.

Em vez da paz internacional, a organização global forneceu um megafone para tiranos; absorveu infindáveis dólares dos contribuintes e varreu escândalos sérios para debaixo do tapete, enquanto promovia valores genuinamente terríveis em todo o mundo.

Acabou a pretensão da ONU de inaugurar uma irmandade entre os homens. Em vez disso, ela está dedicada a ajudar adultos a explorar crianças sob o disfarce de “direitos humanos”.

Jarrett Stepman é colunista do The Daily Signal. Ele também é o autor do livro "The War on History: The Conspiracy to Rewrite America's Past" [A Guerra contra a História: A Conspiração para Reescrever o Passado dos EUA].

©2023 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.
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