ONU apela para fim de bombardeio em hospitais e pede cessar-fogo.| Foto: EFE/EPA/NEIL HALL
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As Nações Unidas registaram ao menos 137 ataques “contra a atenção sanitária” na Faixa de Gaza desde o início da guerra com Israel, em 7 de outubro. Ações que a organização denuncia que constituem “uma violação de direito e convenções internacionais humanitárias”. Segundo a ONU, esses ataques mataram mais de 500 pessoas e deixaram cerca de 700 feridos.

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“Nos últimos 36 dias, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou ao menos 137 ataques contra a atenção sanitária em Gaza”, afirmou a agência da ONU para o Mediterrâneo Oriental, em um comunicado conjunto com as delegações regionais de Unicef e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

Estes ataques causaram a morte de 521 pessoas, incluindo 16 trabalhadores humanitários, e deixaram quase 700 feridos, entre pacientes e profissionais de saúde, de acordo com informações da Organização das Nações Unidas.

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"Os ataques contra instalações médicas e civis são inaceitáveis e constituem uma violação do direito e das convenções internacionais humanitárias e de direitos humanos. Não podem ser tolerados", afirmaram as agências da ONU.

Da mesma forma, ficaram "horrorizados" com os recentes ataques contra o Hospital Al Shifa - o maior de Gaza -, o Hospital Pediátrico Al Rantissi Nasser, o Hospital Al Quds e outros localizados na cidade e no norte do enclave palestino, onde "muitas pessoas morreram, incluindo crianças".

Eles ressaltam que receberam relatos de mortes de “bebês prematuros e recém-nascidos que recebem suporte vital” devido a cortes de energia e esgotamento de combustível, que segundo as autoridades israelenses foi oferecido combustível para alguns hospitais, mas que de acordo com eles o grupo terrorista Hamas negou prontamente.

Diante desta escassez de combustível, água e suprimentos médicos básicos, “a vida de todos os pacientes está em risco”, segundo a nota da ONU, lembrando que mais da metade dos hospitais da Faixa de Gaza estão fora de serviço e os que permanecem operando, só podem fornecer serviços de emergência mínimos.

“O mundo não pode permanecer em silêncio enquanto os hospitais, que deveriam ser refúgios seguros, são transformados em cenários de morte, devastação e desespero”, afirmaram as agências da ONU, que apelaram a uma “ação internacional decisiva” para implementar um cessar-fogo imediato na guerra.

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