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Darfur – O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos responsabilizou ontem as Forças Armadas do Sudão pelos ataques à população civil no oeste da região de Darfur, onde, recentemente, 11 pessoas morreram e cerca de 100 casas foram destruídas.

Segundo dados coletados por observadores da ONU, tanto militares como membros da milícia Janjaweed, ligada ao governo, participaram, no último dia 11, de um ataque ocorrido na localidade de Sirba.

As autoridades sudanesas negaram o envolvimento da milícia no episódio e asseguraram que as Forças Armadas apenas responderam a um ataque anterior levado a cabo por rebeldes do Movimento de Justiça e Igualdade.

A justificativa, no entanto não foi aceita pelo principal órgão da ONU em matéria de direitos humanos.

"Não foram encontradas evidências que apóiem esta versão e o testemunho de várias pessoas indica que os civis e suas propriedades foram os alvos dos ataques", afirmou o Alto Comissariado da ONU.

O órgão ressaltou, além disso, que, "ao contrário do que afirma o governo, parece que as Forças Armadas sudanesas lançaram um ataque deliberado e sem provocação contra os civis e suas propriedades em Sirba, o qual afetou áreas habitadas por deslocados internos".

Desproporção

O Alto Comissariado destacou ainda que, mesmo se a explicação das autoridades fosse verídica, a resposta de seus militares "foi indiscriminada e desproporcional", uma vez que houve "ampla e gratuita destruição e pilhagem da propriedade civil ocorrida no local do ataque". O órgão da ONU enfatizou que tais ações estão proibidas pelo direito internacional humanitário e pelas leis de direitos humanos.

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