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A maioria dos franceses, inclusive simpatizantes do governo de centro-direita, é contra a possível nomeação do filho do presidente Nicolas Sarkozy para dirigir uma grande agência nacional de desenvolvimento, segundo uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira.

A nomeação de Jean Sarkozy, de 23 anos, para a presidência da agência responsável pelo distrito financeiro de La Defense, em Paris, provocou grande polêmica na imprensa. A oposição e muitos analistas acusam o presidente de nepotismo.

A pesquisa do instituto CSA ao jornal Le Parisien indica que 64 por cento dos entrevistados consideram negativa a possível nomeação. Mesmo entre os seguidores da direita, 51 por cento são contra.

Críticos dizem que Sarkozy filho, que é vereador nos arredores de Paris e cursa o segundo ano de direito, não tem qualificação para dirigir um órgão que supervisiona uma reforma de 1 bilhão de euros (1,49 bilhão de dólares) em La Defense. Para eles, a promoção se deve apenas ao sobrenome ilustre.

O assunto também provoca inquietação entre muitos políticos do partido governista UDP, preocupados com a repercussão negativa num momento em que o desemprego entre os menores de 25 anos é de quase 24 por cento.

O filho de Sarkozy deve ser nomeado neste mês para o conselho de direção da Epad, responsável por La Defense, um bairro de arranha-céus com escritórios e bancos que pretende rivalizar com a City of London como grande centro financeiro da Europa.

Em seguida, ele disputará uma eleição para a presidência da agência, já que o atual mandato termina no final do ano. É quase certo que seja o escolhido pelos conselheiros e representantes do Estado.

Nicolas Sarkozy rejeitou as acusações de nepotismo numa entrevista publicada na sexta-feira pelo jornal Le Figaro, e disse que seus críticos querem atingi-lo por meio de seu filho.

A pesquisa no Le Parisien também mostrou que a maioria é contra um projeto de Sarkozy para taxar as emissões de carbono, o que deve aumentar o preço da gasolina em 5 centavos de dólar por litro.

Há 59 por cento de rejeição à proposta, sendo 51 por cento entre seguidores da direita.

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