A oposição conservadora ampliou para 18 pontos sua vantagem sobre os socialistas, que governam a Espanha, num momento em que a economia está frágil e o desemprego é grande no país, revelou uma pesquisa divulgada neste domingo (2).
O levantamento, realizado pela Sigma Dos e publicado no jornal de direita El Mundo, também mostrou uma forte aprovação ao vice-primeiro-ministro Alfredo Pérez Rubalcaba, que alguns analistas acreditam possa liderar os socialistas na próxima eleição, no lugar do primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero.
Segundo a pesquisa, o oposicionista Partido Popular (PP) tem o apoio de 48,7 por cento dos entrevistados, um aumento em relação a outubro, quando obteve 46,4 por cento de aprovação. Já os socialistas tiveram uma queda, passando de 33,8 por cento para 30,3 por cento.
Zapatero adotou medidas de austeridade amplamente impopulares para convencer o mercado financeiro que o crescente déficit público está sob controle, mas o custo político está sendo alto. Há comentários de que Zapatero não se apresentará como candidato do partido na próxima eleição geral, prevista para maio de 2012.
Rubalcaba, que também acumula o cargo de ministro do Interior, é considerado o mais provável candidato a substituir Zapatero na direção do partido. A pesquisa mostrou que ele tem maior aprovação popular do que qualquer outro ministro ou líder partidário.
Numa escala de 1 a 10, Rubalcaba obteve 5.64 pontos, tendo sido o único político a superar a marca dos 5 pontos de aprovação.
No início de dezembro, uma sondagem do instituto Metroscopia, publicada no jornal de esquerda El País, apontava 43,1 por cento para o PP e 24,3 por cento para os socialistas.
A sondagem da Sigma foi feita depois de uma greve dos controladores de tráfego aéreo, em dezembro. A dura resposta do governo à paralisação foi amplamente bem-recebida no país, embora isso não pareça ter ajudado os socialistas na pesquisa.
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