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Os líderes da oposição na Argentina estão alertando a população do país para o risco de que o governo da presidente Cristina Kirchner fraude as eleições parlamentares do domingo. Em uma propaganda na TV, o candidato a deputado federal por Buenos Aires Francisco De Narváez, rival do líder do Partido Justicialista (peronista), o ex-presidente Néstor Kirchner, apela a seus eleitores: "Evite que roubem nossos votos." Segundo os opositores, o governo tentaria ampliar sua votação em 1,5 e 3 pontos porcentuais.

Analistas afirmaram ao Estado que a proporção, embora pequena, seria decisiva em uma eleição acirrada como essa, na qual Cristina coloca em jogo sua atualmente frágil maioria no Congresso Nacional. A Província de Buenos Aires - que concentra 38,9% do eleitorado do país - é o centro das atenções da oposição, já que ali o governo mobilizou todo seu aparato para tentar vencer as eleições. Pesquisas indicam que Néstor Kirchner tem 31% das intenções de voto - proporção que o coloca virtualmente empatado com De Narváez, um milionário que representa a União-PRO, aliança entre o peronismo dissidente e a centro-direitista Proposta Republicana (PRO).

Felipe Solá, ex-governador de Buenos Aires e segundo na lista da União-PRO, alertou para o "perigo de empatar" com o kirchnerismo. Para ele, nesse cenário, o governo recorreria à fraude para mostrar que ficou em primeiro lugar. Setores da oposição começaram a se preparar para eventuais problemas. Se houver suspeitas de irregularidades, eles devem fazer uma onda de "panelaços" nas principais cidades para protestar contra o governo.

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