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La Paz – O partido de oposição União Nacional (UN) denunciou ontem a companhia petrolífera estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), devido a um suposto tráfico de influência na contratação de uma empresa de consultoria que auditará investimentos da Petrobrás.

O líder dos deputados dessa força, Peter Maldonado, disse a um canal de televisão que o pai de Manuel Morales Olivera, assessor da YPFB, se associou a um escritório vinculado a uma empresa que fará essas auditorias.

A firma Consult Systems conseguiu em meados de julho por um valor de US$ 2,5 milhões a realização das auditorias, e depois contratou o advogado Luis Fernando Mostajo, sócio de Manuel Morales Dávila, pai do consultor da YPFB.

Morales Dávila é um alto dirigente do governante Movimento ao Socialismo (MAS), e foi ex-candidato à prefeitura de La Paz por esse grupo. Maldonado considerou que a companhia estatal "não anda em bom caminho", e acrescentou inclusive que o papel condutor que deve ter na nacionalização dos hidrocarbonetos "está em risco".

A YPFB também é investigada pela Promotoria de La Paz devido à assinatura, em julho passado, de um contrato supostamente lesivo aos interesses do Estado para vender petróleo ao Brasil e que foi denunciado pela Superintendência de Hidrocarbonetos.

Na semana passada, o governo boliviano comunicou que deixou em suspenso temporariamente a participação de YPFB em várias áreas da nacionalização, enquanto busca um empréstimo de US$ 180 milhões para fortalecer a companhia.

Em entrevista à rádio Erbol, Morales Olivera rejeitou a denúncia do deputado opositor e exigiu que o congressista apresente à Promotoria uma acusação formal. Além disso, lançou um desafio, pedindo que o deputado aceite se defender, sem sua imunidade parlamentar, diante de um eventual processo por calúnia.

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