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Encontro de Julio Borges,  presidente da Assembléia Nacional venezuelana com diferentes setores da sociedade civil | JUAN BARRETOAFP
Encontro de Julio Borges,  presidente da Assembléia Nacional venezuelana com diferentes setores da sociedade civil| Foto: JUAN BARRETOAFP

A oposição da Venezuela deve realizar no dia 16 de julho um plebiscito contra o presidente Nicolás Maduro, a convocação da Assembleia Constituinte e o papel das Forças Armadas do país, de acordo com cronograma do partido de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) obtido pelo jornal "El Nacional". 

A consulta popular, que não contaria com o aval do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), será duas semanas antes da eleição da Assembleia Constituinte.  

Os líderes da oposição planejam se reunir em um teatro em Caracas para fazer o anúncio que, embora não tenha caráter obrigatório, serviria como um termômetro para "mostrar que o país não quer essa Constituinte grotesca", acrescentou.  

Convocação de figuras públicas anti-Maduro

De acordo com o jornal, o MUD convocou para o evento figuras públicas que são críticas ao governo Maduro, como a procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz. Foram convidados também ex-ministros chavistas, juízes, militares aposentados e outros dissidentes. 

 O presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, não deu mais detalhes sobre o plebiscito e disse que técnico eleitoral do MUD, Roberto Picón, avaliava uma consulta para o país e por este motivo foi alvo de um sequestro realizado pelo Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional).  

A Constituição venezuelana permite a convocação de um plebiscito desde que seja por iniciativa do presidente, da maioria do Parlamento ou de pelo menos 10% de eleitores inscritos no Registro Eleitoral do país.  

Crise

Maduro enfrenta desde 1º de abril uma onda de protestos exigindo sua saída e que já deixou cerca de 80 mortos. Os protestos exigem a realização de eleições gerais.  

Na semana passada, o presidente venezuelano disse que um helicóptero da polícia lançou quatro granadas contra a sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e disparou 15 tiros contra o Ministério do Interior e Justiça, ambos em Caracas. O mandatário classificou o episódio de "ataque terrorista".

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