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Partidos políticos de oposição e a comunidade judaica na Venezuela repudiaram a visita ao país do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que chega a Caracas nesta terça-feira para a última escala de uma viagem pela América Latina.

A coalizão Mesa da Unidade Democrática repudiou o encontro do "indesejável ditador iraniano", com quem o governo da Venezuela "vem construindo uma suposta aliança estratégica que suscita fundadas suspeitas e temores em vários setores do país."

Está previsto que Ahmadinejad chegue na noite desta terça-feira em Caracas, depois de ter visitado Bolívia e Brasil. O presidente iraniano e seu homólogo venezuelano, Hugo Chávez, devem assinar novos acordos de cooperação na quarta-feira, apesar de a agenda não ter sido divulgada.

Chávez, forte crítico do "imperialismo norte-americano", estreitou durante seus 10 anos no poder os laços com o Irã, assim como com outros países cujos governos criticam Washington.

A aliança opositora, que reúne 15 partidos políticos e alguns grupos civis, repudiou em um comunicado a presença de "quem pretende desenvolver um programa de enriquecimento de urânio sem estar sujeito a controles internacionais (...) que prega irresponsavelmente a negação do Holocausto".

Os opositores venezuelanos, muitos dos quais qualificaram Chávez como "ditador", disseram que além disso, o líder iraniano promove a discriminação à mulher e não hesitou em apelar à fraude eleitoral e à repressão para se manter no poder.

A Confederação de Associações Israelitas da Venezuela (CAIV) emitiu um comunicado no qual manifestou sua contrariedade à visita de Ahmadinejad à região, argumentando que isso dava legitimidade a um "regime sobre o qual pesam sérias dúvidas em relação à transparência e à legitimidade de sua origem".

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