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Alberto Nisman, promotor que investigava o atentado contra o centro judaico Amia que deixou 85 mortos em 1994, em imagem de arquivo de maio de 2013 | Marcos Brindicci / Reuters
Alberto Nisman, promotor que investigava o atentado contra o centro judaico Amia que deixou 85 mortos em 1994, em imagem de arquivo de maio de 2013| Foto: Marcos Brindicci / Reuters

O deputado Mauricio D'Alessandro, integrante da oposição ao governo de Cristina Kirchner, denunciou às autoridades nesta segunda-feira a companhia Aerolíneas Argentinas, pelos crimes de "violação de segredos e privacidade", por divulgar dados do voo do jornalista que revelou a morte do promotor Alberto Nisman e fugiu do país por medo do governo.

A denúncia do deputado da Frente Renovadora abrange também os responsáveis pela agência de notícias estatal Télam e do perfil oficial do Twitter da Casa Rosada.

No sábado, a Télam e a Casa Rosada divulgaram dados do voo de Damián Pachter, jornalista que antecipou a morte de Nisman, e que deixou o país temendo por sua segurança.

"Alguém que tem poder suficiente na companhia facilitou à agência Télam um arquivo privado e confidencial, de acesso restrito, para sua divulgação em uma clara tentativa de desacreditar o jornalista", disse D'Alessandro.

Segundo o parlamentar, a imagem divulgada em nota pela agência oficial, uma impressão da tela do sistema de companhias aéreas do país, viola a lei de proteção de dados pessoais.

D'Alessandro destacou que a própria ferramenta garante que "os dados só poderão ser acessados pela Aerolíneas Argentinas" e que "nenhum intermediário terá acesso à informação".

Pachter deixou o país alegando que temia por sua segurança após ter revelado nas redes sociais a morte do promotor, que denunciou a presidente Cristina Kirchner por tentar encobrir a participação de acusados iranianos em um atentado contra um centro judeu de Buenos Aires, em 1994.

Segundo a Casa Rosada, o jornalista viajou no último sábado para Montevidéu pela Aerolíneas Argentinas, com passagem de volta marcada para o dia 2 de fevereiro. Porém, no domingo, ele informou que se encontrava "a salvo" em Tel Aviv, em Israel.

Nisman foi encontrado morto no dia 18 de janeiro, na véspera de uma audiência no Congresso do país para detalhar as denúncias contra Cristina e vários de seus funcionários.

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