A corrida para definir o candidato presidencial da coalizão da oposição na Venezuela terminou com três nomes, que esperam que sua juventude e experiência executiva façam deles a melhor aposta para derrotar o presidente Hugo Chávez.

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Menos de um ano antes da eleição de 7 de outubro, a política está dominada por dois temas: a saúde do líder socialista após o tratamento de um câncer e quem conquistará a primária da coalizão Unidade Democrática em fevereiro de 2012.

Os três finalistas da oposição são os governadores Henrique Capriles Radonski e Pablo Pérez, além do ex-prefeito distrital Leopoldo López.

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Com idades entre 39 e 42, todos tiveram sucesso em se apresentar como a "nova guarda" da oposição venezuelana, tirando da disputa pesos-pesados de partidos tradicionais, com resultados ruins contra Chávez.

"As portas estão abertas para uma nova maneira de fazer política", disse López, acompanhado por sua esposa e partidários entusiasmados ao registrar formalmente sua candidatura às primárias nesta semana.

López, que foi prefeito do rico distrito de Chacao, em Caracas, e é reconhecido por ser fotogênico e carismático em sua oratória, é o mais conhecido dos três no exterior por conta de sua batalha legal após ser banido da política.

Depois que um tribunal de direitos humanos regional decidiu a seu favor no início deste ano, a Suprema Corte da Venezuela decretou que ele poderia concorrer à presidência --mas ele permanece impossibilitado de assumir o cargo por causa de uma investigação de corrupção em andamento.

López diz que Chávez tem medo dele e que as acusações são falsas.

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Líder enérgico

Na frente de López em todas as pesquisas de opinião está Capriles, governador de Miranda, segundo Estado mais populoso da Venezuela, que inclui partes de Caracas.

O enérgico Capriles joga basquete, frequentemente vai de moto para o trabalho e --ecoando o estilo de Chávez pré-câncer-- frequenta as favelas para supervisionar projetos e indagar sobre os problemas locais.

"Ele ainda está na liderança com alguma vantagem. É aquele com mais chance de unificar a oposição, empolgar os 'NiNis' (que recusam tanto o atual mandatário quanto seus adversários) e derrotar Chávez", afirma o blog pró-oposição Caracas Chronicles.

O terceiro rival é Pérez, governador de Zulia, Estado do oeste, rico em petróleo, na fronteira com a Colômbia.

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Na semana passada ele garantiu o apoio importante do maior partido opositor da Venezuela, o Ação Democrática.

Mas se por um lado ele pode se beneficiar da formidável máquina política da agremiação, o tiro pode sair pela culatra com alguns eleitores, dada a reputação de nepotismo que mancha o partido.

Para além da oposição à Chávez e das promessas de união a qualquer um que conquiste a primária de 12 de fevereiro, os três deram poucas indicações precisas de suas políticas e tentam evitar os estereótipos do polarizado ambiente político da Venezuela.