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Os partidos da oposição intensificaram neste sábado (17) os pedidos de renúncia ao presidente do governo italiano, Silvio Berlusconi, devido à publicação das escutas das conversas do governante sobre suas festas particulares.

"A Itália, com seus graves problemas, não pode permitir um Executivo que governa em seus 'momentos livres'. Agora as palavras terminaram. Berlusconi tem que ir imediatamente ao palácio do Quirinal (sede da Presidência da República) e apresentar sua demissão", disse o integrante do Partido Democrata (PD) Davide Zoggia.

Zoggia, que afirmou falar em nome de todo o PD, se referia assim às palavras de Berlusconi presentes em uma das escutas que foram divulgadas nos últimos dias, nas quais comentava a uma das jovens convidadas para suas festas que ele era "presidente do governo em seus momentos livres".

Esta é uma das centenas de milhares de conversas telefônicas que fazem parte dos dois anos de investigações iniciadas depois que em 2009 explodiu o escândalo das festas do primeiro-ministro, e que a imprensa italiana vem publicando.

Para o secretário da União da Democracia Cristã e de Centro (UDC), Lorenzo Cesa, Berlusconi "tem que mostrar um gesto de generosidade aos italianos e renunciar de seu cargo".

Além disso, o ex-aliado do governo de Berlusconi e agora líder da Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), Gianfranco Fini, afirmou que "chegou a hora de um novo governo e de um novo presidente do Executivo".

"O bom senso tem que prevalecer na maioria governista. Não se pode seguir assim, por isso é preciso tomar a decisão de criar um novo governo", ressaltou Fini, que também é presidente da Câmara dos Deputados.

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