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Os partidos de oposição ao governo no Iêmen apresentaram hoje sua mais detalhada proposta de transição de poder. A iniciativa é realizada após dois meses de protestos que enfraqueceram o presidente, mas não foram suficientes para tirá-lo do poder.

O presidente Ali Abdullah Saleh, que governa o país há 32 anos, tem reprimido as manifestações de forma tão violenta que até mesmo alguns de seus principais aliados se juntaram à oposição. Mesmo assim, ele se recusa a deixar o poder imediatamente, alegando que o país mergulharia no caos sem uma transição calma e negociada.

Mohammed al-Sabri, porta-voz dos partidos de oposição, disse que também deseja uma transição suave. Os partidos apresentaram um plano que pede a renúncia de Saleh e a transferência de poder ao vice-presidente. Segundo al-Sabri, o vice-presidente poderia supervisionar um diálogo nacional para a reforma da Constituição e preparar o país para eleições. Assim como no Egito, disse al-Sabri, o Iêmen deveria realizar um referendo sobre a nova Constituição antes de convocar eleições.

A proposta de transição também pede a renúncia dos comandantes das forças de segurança e uma investigação para que sejam descobertos os responsáveis pelas mortes de manifestantes. De acordo com um grupo de defesa dos direitos humanos, forças de segurança mataram 92 manifestantes desde o início dos protestos, em 12 de fevereiro.

Hoje, milhares de manifestantes contrários ao governo atiraram pedras contra tropas de choque apoiadas por tanques na província de Áden, sul do país. Os manifestantes também convocaram uma greve geral e, segundo testemunhas, muitas pessoas não compareceram ao trabalho.

Os manifestantes atearam fogo a pneus e também construíram barricadas com pedras enormes nas entradas das principais estradas, para evitar a movimentação dos tanques. As informações são da Associated Press.

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