Grupos de oposição disseram que dezenas de milhares de pessoas se reuniriam em Budapeste neste sábado no maior protesto já feito contra o primeiro-ministro húngaro, Ferenc Gyurcsany, que admitiu ter mentido para ganhar as eleições de abril.

CARREGANDO :)

Cerca de dez mil pessoas encerraram de forma pacífica uma manifestação em frente do prédio do parlamento ao amanhecer.

Os protestos aprofundaram a divisão entre a esquerda e a direita na Hungria, ambas acusando-se mutuamente de fomentar a violência para ganhar terreno antes das eleições de primeiro de outubro.

Publicidade

O principal partido de oposição, Fidesz, desistiu dos planos para um protesto em massa no sábado que, segundo alertou o governo de liderança socialista, poderia reacender a violência que deixou mais de 200 pessoas feridas esta semana.

No entanto, alguns das centenas de milhares de partidários pretendiam viajar do campo para a capital, e seus líderes continuaram a pedir a saída de Gyurcsany.

"Ferenc Gyurcsany retirou-se da lista de políticos aceitáveis'', disse Lajos Kosa, prefeito da cidade de Debrecen, reduto do Fidesz, à televisão húngara.

"Temos que decidir se nossa democracia significa eleger um ditador por quatro anos ou um primeiro-ministro que não está acima da lei.''

O grupo de extrema-direita, Jobbik, disse a seus partidários para aumentar a participação nos protestos, que reuniram cerca de 10 a 15 mil pessoas todas as noites esta semana do lado de fora do prédio do parlamento.

Publicidade

A polícia está em estado de alerta, para tentar evitar a repetição dos tumultos em que os manifestantes atiraram pedras contra os policiais, incendiaram carros e invadiram o prédio da televisão estatal na terça-feira.

Veja também
  • Segunda noite de violência em Budapeste deixa 57 feridos
  • Segunda noite de violência deixa 57 feridos
  • Premier da Hungria pede calma após onda de protestos violentos