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A oposição australiana abandonará uma rede de banda larga de alta velocidade que custaria US$ 38 bilhões, caso vença a eleição de 21 de agosto, mas sua proposta alternativa, mais barata, pode deixar de fora os eleitores que têm acesso lento à internet em regiões rurais.

O plano da oposição conservadora, anunciado na terça-feira (10), atraiu críticas imediatas de organizações setoriais de internet, e não inclui um acordo de 11 bilhões de dólares australianos assinado entre o governo trabalhista e a maior operadora de telecomunicações do país, a Telstra, para o uso de sua infraestrutura.

Os lentos e caros serviços de internet australianos vêm sendo criticados pelas empresas do país como entrave ao desenvolvimento econômico e são uma questão delicada junto a eleitores frustrados com os serviços de internet que recebem em suas casas.

A oposição Nacional-Liberal propõe uma rede de banda larga que teria custo máximo de 6,3 bilhões de dólares australianos em sete anos e cobriria 97% das moradias do país por meio de uma combinação de acesso via satélite, em fibra óptica e sem fio.

A proposta não forçaria a Telstra a separar sua divisão de varejo de sua rede nacional. A Telstra informou que não receberia compensação caso o acordo seja cancelado por um novo governo conservador.

"Em lugar de criar um novo e ineficiente monopólio gerido pelo governo, o plano da coalizão estimulará um mercado de banda larga vibrante e impulsionado pela iniciativa privada", disse Tony Smith, o porta-voz da oposição para assuntos de comunicações e futuro ministro das Comunicações caso a oposição conservadora conquiste o poder em 21 de agosto.

Mas com as pesquisas de opinião pública apontando uma eleição muito disputada em 21 de agosto, o plano da oposição conservadora pode colocar assentos em risco em regiões rurais, nas quais os eleitores têm de arcar com velocidades de internet muito mais lentas que as oferecidas aos moradores das grandes cidades australianas.

A velocidade média de conexão australiana, 2,3 megabits por segundo, é a 30ª do mundo. Smith diz que seu plano garantiria velocidades de Internet de ao menos 12 megabits por segundo em 2016, e que essa velocidade chegaria a 100 megabits por segundo em certos locais.

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