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Vestidos com as cores amarelo, azul e vermelho da bandeira nacional, os partidários da oposição se concentraram nas principais cidades da Venezuela | Reuters
Vestidos com as cores amarelo, azul e vermelho da bandeira nacional, os partidários da oposição se concentraram nas principais cidades da Venezuela| Foto: Reuters

Dezenas de milhares de venezuelanos marcharam neste sábado (23) em protesto contra a alta inflação e a escassez de produtos básicos, apenas duas semanas antes das eleições municipais consideradas termômetro da popularidade do presidente Nicolás Maduro.

A temperatura da manifestação subiu desde o começo do dia com a denúncia do líder opositor Henrique Capriles de que um colaborador bastante próximo foi detido.

Vestidos com as cores amarelo, azul e vermelho da bandeira nacional, os partidários da oposição se concentraram nas principais cidades da Venezuela.

Com Capriles na liderança, os opositores lançaram palavras de ordem contra a lei que deu poderes Maduro para governar por decreto durante um ano, num momento em que o governo diz que está enfrentando uma "guerra econômica", elaborado a partir da oposição apoiada pelos Estados Unidos.

Mas o protesto foi também um canal para milhares de venezuelanos expressar suas queixas com a situação cotidiana.

Desafios

Maduro se tornou presidente da Venezuela em meados de abril depois de vencer com ligeira vantagem Capriles. Desde então, ele teve de enfrentar a inflação que atinge 55 por cento, escassez de produtos básicos e criminalidade desenfreada que fizeram sua popularidade desabar.

Como parte de sua estratégia para consertar a economia, Maduro ordenou recentemente a inspeção das principais lojas de varejo para exigir um "preço justo" de venda, causando uma corrida de clientes em busca de televisores, roupas e até mesmo autopeças.

"Eu não estou querendo eletrodomésticos, estou querendo leite há um mês e meio, mas não há", disse Celide Romero, uma aposentada de 79 anos durante a marcha.

Oposição

Maduro disse na última sexta-feira que tinha ordenado deter "dois operadores" de partidos opositores, sem dar nomes, porque planejavam espalhar a violência durante a manifestação.

Capriles denunciou no sábado que um assessor seu foi detido por militares e desconhecia seu paradeiro. O dirigente opositor disse que o presidente Maduro é responsável pelo que vier a ocorrer com seu colaborador Alejandro Silva.

"Ontem à noite, sob a mira de armas e de golpes, foi levado o nosso coordenador de caravanas, Alejandro Silva", disse Capriles a milhares de militantes concentrados em uma praça em Caracas.

"Por que você não vem me buscar, Maduro? Não seja um covarde. Venha", acrescentou ele, que também é governador do estado de Miranda, o segundo mais populoso do país.

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