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O candidato presidencial da oposição venezuelana, Henrique Capriles Radonski, exigiu nesta segunda-feira (27) que o governo investigue as causas e identifique os responsáveis pela devastadora explosão de sábado na principal refinaria da estatal PDVSA, que deixou mais de 40 mortos.

"Os acidentes são registrados por causa de alguma coisa e nós venezuelanos estamos esperando que exista uma resposta contundente, uma investigação séria, responsável e transparente para vermos o que aconteceu" na refinaria de Amuay, a principal da estatal PDVSA, disse Capriles em uma entrevista coletiva à imprensa.

O candidato também chamou de "irresponsável e insensível" o mandatário Hugo Chávez, que está na área do acidente -no estado de Falcón, por dizer que o "trabalho deve continuar" depois de ter visitado a refinaria no domingo. Ele insistiu que "o governo deve se responsabilizar" pela tragédia, que também deixou 151 feridos.

"Me parece irresponsável, insensível, de um descaramento gigantesco dizer que o trabalho deve continuar. O país, de fato, vai continuar, mas aqui houve pessoas que perderam a vida, parentes que hoje estão carregados de dor", disse o ex-governador do estado de Miranda (norte).

"Isto não é um show, nem um filme, isto é uma situação que comoveu toda a nossa Venezuela", acrescentou Capriles, que enfrentará Chávez nas eleições presidenciais de 7 de outubro, nas quais o mandatário tentará a reeleição para um terceiro mandato consecutivo.

O incêndio desencadeado em Amuay, causado por um vazamento de gás registrado na madrugada de sábado, parece que ainda levará algumas horas para ser extinguido. No final da tarde, um terceiro tanque da refinaria pegou fogo, somando-se a outros dois que permanecem em chamas, informou o ministro do Petróleo e da Mineração, Rafael Ramírez, que, no entanto, assegurou que a situação está sob controle.

O vazamento de gás provocou uma explosão que afetou nove tanques de combustível na área de armazenamento. As autoridades indicaram mais de 40 mortos, incluindo pelo menos 20 membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) que cuidavam da segurança das instalações e moravam em suas imediações, assim como vários de seus familiares.

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