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Autoridades iranianas acusaram neste domingo "terroristas" pelos conflitos no país em que ao menos 10 pessoas foram mortas e o presidente, Mahmoud Ahmadinejad, disse que os Estados Unidos e a Inglaterra não devem se interferir nos protestos gerados por sua reeleição | Sergei Karpukhin/Reuters
Autoridades iranianas acusaram neste domingo "terroristas" pelos conflitos no país em que ao menos 10 pessoas foram mortas e o presidente, Mahmoud Ahmadinejad, disse que os Estados Unidos e a Inglaterra não devem se interferir nos protestos gerados por sua reeleição| Foto: Sergei Karpukhin/Reuters

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  • Câmeras de celular registram morte violenta de uma mulher no Irã
  • Mirhossein Mousavi convocou a população a carregar velas negras com laços verdes em novos protestos para demonstrar solidariedade às vítimas das recentes rebeliões

Jovens partidários do candidato derrotado à presidência do Irã, Mirhossein Mousavi, conclamaram a população a carregar velas negras com laços verdes na segunda-feira (22) para demonstrar solidariedade às vítimas das recentes rebeliões, disse seu website. No sábado, a polícia do Irã chegou a prender 457 manifestantes.

O website disse ainda que motoristas devem ligar os faróis de seus automóveis por duas horas a partir das 17 horas (horário local, 9h30 em Brasília) para "demonstrar sua solidariedade às famílias dos mártires mortos nos recentes eventos".

O verde tornou-se o símbolo do apoio a Mousavi, disse um político moderado que afirma que as eleições presidenciais de 12 de junho foram fraudadas em favor do atual presidente linha-dura, Mahmoud Ahmadinejad. As autoridades rejeitam as acusações.

O Conselho de Guardiães admitiu que na eleição presidencial aconteceram irregularidades. Um porta-voz do conselho, Abbas-Ali Kadkhodaei, admitiiu que em 50 cidades houve mais votos que eleitores, mas que isso não muda a vitória de Ahmadinejad.

"O país é de vocês... Protestar contra mentiras e fraude é seu direito", escreve Moussavi. No domingo (21), o ex-presidente Mohammad Khatami disse em um comunicado que "protestar evitando distúrbios era um direto das pessoas e todos precisamos respeitar".

Também no domingo, a TV estatal disse que pelo menos dez pessoas morreram no sábado durante confrontos com a polícia no centro de Teerã. A polícia informou que 457 pessoas foram presas em conexão aos protestos de sábado e que 40 policiais ficaram feridos.

A mídia estatal, que culpou "terroristas" pela violência, havia informado anteriormente que até oito pessoas haviam sido mortas em protestos desde a divulgação dos resultados oficiais, em 13 de junho.

Em um dia de luto convocado por Mousavi na semana passada, dezenas de milhares de pessoas se reuniram no centro de Teerã na quinta-feira (18), muitos dos quais vestiam roupas pretas e seguravam velas.

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