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Foi adiada para esta terça-feira (25) a votação do projeto de lei que prevê a convocação de um referendo, no qual os colombianos devem decidir se desejam, ou não, modificar a Constituição do país, a fim de que o presidente Alvaro Uribe possa concorrer um terceiro mandato em 2010. A atual Carta permite apenas uma reeleição imediata. A decisão de adiar a votação foi tomada em meio a denúncias de opositores sobre supostas ofertas a legisladores para garantir um voto favorável. Na semana passada, o projeto já foi aprovado pelo Senado. Agora, o texto precisa de 84 dos 166 votos dos deputados.

Caso haja ausências e não se forme o quórum necessário, o tema ficará para a quarta-feira, "até que possamos tomar uma decisão" explicou por telefone Edgar Gómez, presidente da Câmara dos Representantes. Caso o texto seja aprovado na Câmara, seguirá para a Corte Constitucional, que decidirá se ele viola ou não os princípios constitucionais. Se a Corte não rechaçar o projeto, as autoridades eleitorais poderão realizar a consulta popular sobre a reeleição. Para a mudança ser aprovada, é necessário voto favorável de 25% do eleitorado, ou 7,2 milhões de pessoas.

O pré-candidato presidencial da oposição, Rafael Pardo, do Partido Liberal, afirmou que, há três meses, o governo liberou pelo menos 200 bilhões de pesos (US$ 100 milhões) para obras em 52 municípios. Segundo ele, o problema é que esses contratos são negociados por parlamentares, que esperam uma comissão em troca do voto a favor do referendo. O ministro do Interior, Fabio Valencia, nega qualquer ação nesse sentido. A situação mostrou divergências frente ao tema, pois alguns políticos apontam que a continuidade de Uribe no poder afrontaria princípios como a alternância de poder. Além disso, alguns partidos da coalizão governista gostariam de lançar candidato próprio nas eleições de 2010.

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