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Manifestantes realizam protesto na Praça da Independência, em Kiev, em favor da aproximação com a União Europeia | Maxim Zmeyev/Reuters
Manifestantes realizam protesto na Praça da Independência, em Kiev, em favor da aproximação com a União Europeia| Foto: Maxim Zmeyev/Reuters

Ontem

Dezenas de milhares protestam contra o governo na Ucrânia

Agência Estado

Cerca de 20 mil pessoas protestaram ontem na Ucrânia, marcando mais de um mês de manifestações contra a decisão do governo de arquivar acordo com a União Europeia.

Os protestos começaram com discursos de líderes espirituais, como padres cristãos, um rabino e um líder muçulmano, que chamaram a população a se unir para protestar pelo governo que desejam.

A população ucraniana foi às ruas após decisão do presidente Viktor Yanukovich, no último mês, de parar as negociações com a União Europeia em benefício às relações mais estreitas com a Rússia. A decisão irritou os ucranianos, que esperavam relações mais próximas com a União Europeia após séculos de dominação russa.

Os protestos ganharam força após brutal repressão policial, em 30 de novembro, e a recente agressão da jornalista Tetiana Tchornovol. O governo tenta amenizar as manifestações ao diminuir a repressão nas ruas e liberar ativistas presos.

20 mil pessoas protestaram ontem na Praça da Independência, no centro da capital ucraniana, marcando mais de um mês de manifestações contra o governo. Na semana passada, a multidão era de cerca de 100 mil.

No que pareceu ser um reconhecimento de que os protestos de rua não derrubarão o presidente ucraniano Viktor Yanukovich, um dos principais rivais do governo disse ontem para os manifestantes que a oposição irá guiar o país na direção da União Europeia após vencer a próxima eleição, que deve ocorrer em 2015.

Dezenas de milhares de pessoas se reuniram na Praça da Independência, na capital Kiev, para o que se tornou um evento semanal desde novembro, quando o governo de Yanukovich se recusou a assinar um acordo de associação com a União Europeia e apelou à Rússia para um pacote de resgate econômico.

O número de presentes era visivelmente menor do que na semana passada, quando o número estimado foi de cerca de 100 mil pessoas, pois muitos ucranianos se ocupam com a preparações para os feriados de ano-novo e Natal, que na Ucrânia ortodoxa é celebrado no dia 7 de janeiro.

Os números em queda suavizaram a pressão sobre o governo, que está prosseguindo com seu plano de forjar ligações mais próximas com a Rússia, tendo assegurado um pacote de resgate de 15 bilhões de dólares de Moscou e um desconto sobre suprimentos vitais de gás russo.

"Estamos nos preparando para vencer as eleições presidenciais", disse Arseny Yatsenyuk, o líder do partido de oposição Batkivschyna (Pátria, em tradução livre). "Estamos construindo uma equipe que poderá transformar a Ucrânia em um país Europeu."

Uma pesquisa de opinião publicada na semana passada pela fundação local Iniciativa Democrática mostrou que, se uma eleição presidencial ocorresse agora, Yanukovich perderia no segundo turno para o boxeador campeão dos pesos-pesados Vitaly Klitschko, ou até mesmo para qualquer um de vários outros líderes opositores inclusive Yatsenyuk.

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