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Combatentes da oposição síria têm recebido mísseis antitanques, na primeira vez em que um armamento de grande porte de fabricação americana chega às fileiras rebeldes, informa o site do "Washington Post" nesta quarta-feira. Não está claro, no entanto, como os opositores receberam a arma teleguiada, capaz de penetrar blindados e fortificações.

No passado, mísseis como esses foram vendidos para países como a Turquia, e em dezembro o Pentágono aprovou a venda de 15 mil unidades para a Arábia Saudita. Os dois países apoiam os rebeldes sírios. Mas qualquer país que transfira os mísseis TOW a terceiros é obrigado a notificar o governo americano, ressaltam especialistas. O governo americano não quis comentar o assunto, segundo o jornal.

Vídeos mostrando rebeldes usando as armas apareceram pela primeira vez no YouTube entre 1 e 5 de abril. Eles foram postados por Harakat Hazm, um grupo moderado, de acordo com um levantamento feito por Charles Lister, especialista do centro de estudos Brookings Doha. Lister foi um dos primeiros a identificar o uso dos chamados mísseis TOW ("Tube-launched, Optically-tracked, Wire-guided") na Síria.

O aparecimento dessas armas no conflito que já está em seu terceiro ano coincide com um compromisso dos EUA de aumentar a ajuda a rebeldes moderados, assim como de incrementar a coordenação com quem apoie a oposição, ressalta o "Post". Mas não está claro se o governo americano está a par do envio das armas.

Ataque a veículos na Jordânia

A aviação jordaniana afirmou nesta quarta-feira ter destruído vários veículos militares que tentavam entrar no país a partir da Síria. O governo de Bashar al-Assad, no entanto, garante que eles não pertencem ao seu Exército.

"Os veículos, camuflados, tentaram entrar a partir de uma zona acidentada. Os aviões de combate lançaram tiros de advertência que foram ignorados, e por isso destruíram os veículos", disse o Exército em um comunicado, afirmando ainda que "não vai tolerar este tipo de ação".

Nas últimas semanas foram registrados confrontos entre guardas de fronteira e homens armados que tentavam entrar na Jordânia e que terminaram sendo detidos.

O governo sírio acusou em várias ocasiões as autoridades jordanianas de apoiar os rebeldes que lutam contra o regime de Assad.

A guerra na Síria já deixou mais de 150 mil mortos e obrigou milhares de pessoas a deixar suas casas. A Jordânia acolhe em seu território mais de 500 mil sírios.

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