Posto de vacinação contra Covid-19 em Miami, Flórida (EUA), 10 de agosto| Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH
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O prefeito de Orlando, no estado da Flórida (EUA), pediu nesta sexta-feira (20) aos moradores da cidade que economizem água por pelo menos uma semana, por causa do recente surto de Covid-19. O oxigênio líquido e outros suprimentos que normalmente são usados para o tratamento de água na cidade estão sendo redirecionados aos hospitais, que estão sobrecarregados com pacientes infectados pelo coronavírus.

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A cidade usa em média dez caminhões de oxigênio líquido para o tratamento de água por semana, mas o fornecedor do produto disse que o número teria que ser reduzido para cinco a sete, para que seja possível atender aos hospitais, relatou uma autoridade do sistema de saneamento da cidade em coletiva de imprensa, segundo noticiou a Associated Press. Ela também afirmou que, se a situação piorar, a cidade precisará emitir alerta para que as pessoas fervam a água antes do consumo. As autoridades pediram que os moradores parem de regar jardins e de lavar automóveis por pelo menos uma semana.

O sistema de tratamento usa oxigênio líquido para retirar o cheiro e a coloração encontrados naturalmente na água da Flórida.

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"Nós reconhecemos que a prioridade número um para o oxigênio líquido deve ser para os hospitais", disse o prefeiro Buddy Dyer na coletiva de imprensa.

A Flórida tem batido seguidos recordes de novos casos e hospitalizações por Covid-19 nas últimas semanas. Em todo o estado, há mais de 16,8 mil pessoas internadas com a doença, 3.500 delas em tratamento intensivo, segundo dados desta sexta-feira da Associação de Hospitais da Flórida. O número já é quase o dobro do registrado no pico dos contágios no estado, em julho do ano passado, quando ainda não havia vacinas contra Covid-19. Mais de um terço de todos os pacientes internados em hospitais da Flórida estão com diagnóstico positivo para Covid.

A Flórida é um de cinco estados americanos que recentemente têm visto números recordes de novos casos de Covid-19, atribuídos a menores índices de vacinação em comparação a outras regiões dos EUA; à circulação da variante delta do coronavírus, que é mais transmissível e é a cepa dominante no país atualmente; e ao relaxamento das medidas de restrição. Autoridades de saúde têm descrito a atual onda de contágios nos Estados Unidos como uma "pandemia de não vacinados", já que praticamente todos os casos graves e mortes por Covid-19 têm sido registrados nesse grupo.

Mary Mayhew, presidente da Associação de Hospitais de Flórida, disse à CNN que o atual surto no estado é "fundamentalmente diferente" dos anteriores. "Jovens saudáveis, de 20 ou 30 anos, por causa da natureza agressiva da variante delta, estão agora sendo hospitalizados", disse.

Em todo o estado da Flórida, 51% dos moradores foram completamente vacinados.

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