• Carregando...

Em cerca de um mês, os candidatos republicanos à Presidência nas eleições de 2012 deveriam fazer uma aparição pública na Califórnia para participarem do primeiro debate das eleições preliminares. Todavia, a lista de candidatos é tão minúscula que, na semana passada, foi decidido que o debate seria adiado para setembro para se evitar o constrangimento de um palanque com apenas dois candidatos: Tim Pawlenty e o magnata da pizza, Herman Cain.

O palanque deve estar cheio no outono americano, prometem os organizadores. Apesar de "poucos candidatos terem assumido o compromisso até agora, haverá uma lista grande e impressionante de candidatos republicanos no futuro, o que garantirá um grande debate", declarou o diretor-executivo da Fundação Reagan.

Não há dúvidas de que a lista de candidatos deve aumentar. Entretanto, os republicanos não deveriam apostar muito no termo "impressionante". Quando se trata de desafiar Barack Obama para a Presidência, o partido de Lincoln se parece cada vez mais com o partido de Mario Cuomos, ex-governador de Nova York. Seus maiores e mais reluzentes nomes estão competindo nas desculpas por não estarem no páreo de 2012.

Opções

Chris Christie, governador de Nova Jersey, por sua vez, está convencido de que consegue chegar à Casa Branca. "Já sei que posso ganhar a eleição", disse ele este ano. Todavia, aparentemente ele é modesto demais para confirmar que se vangloriou: "Tenho que acreditar que estou pronto para ser presidente, mas não acredito".

Mike Huckabee, da mesma forma, está falando aos quatro ventos que será favorito nas primárias e a opção mais forte para enfrentar Obama. Mas ele também alega que a campanha é exaustiva, os debates são uma perda de tempo e que ele não gosta de pedir doações.

Paul Ryan, a estrela dos republicanos da Assembleia, acredita que os EUA passarão por um momento decisivo em 2012 – uma escolha histórica entre a tradição americana de governo limitado e um "estado de bem-estar social ao estilo europeu". Naturalmente, ele já eliminou a possibilidade de concorrer à Presidência.

Candidatos menos opulentos como o senador John Thune, da Dakota do Sul, e Mike Pence, de Indiana, também não querem entrar na briga. Da mesma forma, não concorrerá nas eleições presidenciais o político republicano com o nome mais famoso e carreira mais forte: Jeb Bush, governador da Flórida.

Isto não quer dizer que os republicanos não apresentarão candidatos. Já se sabe que Mitt Romney estará concorrendo: na verdade, ele nunca parou de concorrer. O nome Newt Gingrich está quase confirmado. Pawlenty já se confirmou candidato e Haley Barbour, governador do Mississipi, talvez possa entrar na briga.

Correndo por fora

Existe uma longa lista de azarões, potenciais estraga-prazeres e outros candidatos vaidosos – Michele Bachmann e Jon Hutsman, John Bolton e Ron Paul, Rick Santorum e Donald Trump. E, obviamente, ainda temos Sarah Palin, que irá provavelmente manter a mídia ecoando no "será que ela vai?" até Iowa.

Há quinze anos, na aurora da revolução republicana de 1994, os conservadores estavam em situação similar – recém-vitoriosos nas eleições de meio de mandato, mas politicamente dilatados, lutavam para persuadir um eleitorado desconfiado a aceitar um governo limitado na prática, assim como na teoria.

Após resultados medíocres nas primárias, eles acabaram tendo Bob Dole como garoto-propaganda. Eles demoraram a se recuperar disto.

Tradução: Thiago Ferreira

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]