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José Dumont na pele do retirante Deraldo, que é confundido com um criminoso | Divulgação/Raiz Filmes
José Dumont na pele do retirante Deraldo, que é confundido com um criminoso| Foto: Divulgação/Raiz Filmes

O líder da rede terrorista al-Qaeda, Osama bin Laden, declarou "guerra santa" contra o governo do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, um dos maiores aliados dos Estados Unidos na região. A declaração consta de mensagem de áudio difundida nesta quinta-feira (20), segundo o Grupo de Inteligência SITE, que monitora os sites islamitas na internet.

"É uma obrigação para os muçulmanos do Paquistão empreender a Jihad (guerra santa) e combater para derrubar Pervez, seu governo, seu exército e todos os que vão em sua ajuda", declara uma voz atribuída a Bin Laden.

O líder da Al-Qaeda anunciou a intenção de sua organização de vingar o sangue derramado pelos "campeões do Islã", segundo o SITE.

A ameaça coincide com o anúncio feito nesta quinta-feira da data das eleições presidenciais no Paquistão, 6 de outubro (por voto indireto). Musharraf vai tentar a reeleição ainda como comandante da Forças Armadas, posto que prometeu abandonar em caso de vitória.

O Paquistão minimizou o anúncio de suposta declaração de guerra de Osama bin Laden ao presidente Pervez Musharraf e afirmou que o país continuará na luta contra a al-Qaeda.

"Já estamos comprometidos no combate aos extremistas e terroristas. Não há mudança em nossa política", declarou à agência France Presse o general Waheed Arshad, porta-voz do Exército, ao ser questionado sobre o anúncio de que Bin Laden ameaçaria o país.

Outros vídeos

Vários vídeos foram divulgados nos últimos dias por ocasião do sexto aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, um deles com imagens de Bin Laden, que não é visto nos últimos três anos.

Em outro vídeo divulgado pela Al-Sahab, o número dois da al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, também adverte Musharraf de que será "punido" pela invasão da Mesquita Vermelha de Islamabad em julho, um reduto dos islamitas, onde morreram quase 100 pessoas, a maioria combatentes.

"A morte de Abd al-Rashid Ghazi (o clérigo líder da mesquita) e seus estudantes, homens e mulheres (...), transformou o Exército paquistanês em desprezível. Tem que ser punido por isto", disse Al-Zawahiri. Além disso, qualifica as tropas do Paquistão (segundo maior Estado do mundo em população muçulmana), como "cachorros de presa sob o jugo de (o presidente americano George W.) Bush.

Aliado dos EUA

O general Musharraf é aliado dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo e está há muito tempo na mira da al-Qaeda. Ele se aliou aos Estados Unidos para derrubar no fim de 2001 o regime talibã que abrigava Bin Laden no Afeganistão.

Sob pressão dos Estados Unidos, o Paquistão intensificou há dois meses as operações contra os combatentes islamitas que ocupam as zonas tribais do noroeste do país, sejam eles paquistaneses ou estrangeiros.

Em resposta, uma onda sem precedentes de atentados suicidas e ataques deixou mais de 270 mortos desde a invasão por parte do Exército, nos dias 10 e 11 de julho, da Mesquita Vermelha de Islamabad, reduto de radicais islâmicos que desafiam as autoridades paquistanesas.

No mesmo vídeo, Al-Zawahiri e outros defendem a luta contra os Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão. Se trata de uma montagem de 81 minutos com imagens antigas e discursos novos de Al-Zawahiri, segundo o SITE, outro organismo de acompanhamento das páginas islamitas.

Bin Laden apareceu em um vídeo divulgado no dia 7 de setembro, no qual ameaçou os Estados Unidos com novos ataques das eleições presidenciais de 2008.

Com uma recompensa de US$ 25 milhões por sua captura, Bin Laden continua sendo o homem mais procurado dos Estados Unidos.

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