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Guerra civil

Otan assume o comando das ações na Líbia

Aliança do Atlântico Norte descarta fornecer armas para rebeldes que lutam contra Kadafi

Rebeldes fogem de bombardeio das forças de Kadafi nas proximidades do terminal petroleiro de Brega, no leste da Líbia | Alex Dziadosz/Reuters
Rebeldes fogem de bombardeio das forças de Kadafi nas proximidades do terminal petroleiro de Brega, no leste da Líbia (Foto: Alex Dziadosz/Reuters)

Bruxelas - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) assumiu o comando de todas as operações na Líbia às 3 h (de Brasília) de ontem. Desde 19 de março, o controle das ações estava com uma coalizão internacional liderada por EUA, França e Grã-Bretanha.

Navios da Otan garantem o embargo de armas na costa líbia. O espaço aéreo também é fiscalizado, para evitar que aeronaves do regime de Muamar Kadafi voem e possam atacar civis. A zona de exclusão aérea foi imposta por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.

A Otan concordou em am­­pliar sua missão, atacando forças que ameaçam os civis, após superar os temores da Turquia, único membro árabe da aliança, sobre os ataques aéreos e o desejo da França de seguir no comando dos ataques.

Apesar de aceitar a ampliação dos ataques em território líbio, o secretário-geral da aliança ocidental, Anders Fogh Rasmussen, descartou categoricamente a possibilidade de armar os rebeldes.

Rasmussen disse que Otan está na Líbia para "proteger os civis, e não para armá-los", conforme prevê a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Vamos nos concentrar na aplicação do embargo de armas [ditada pela resolução], uma decisão que afeta todas as partes en­­volvidas no conflito", afirmou o secretário-geral da Otan.

Estados Unidos e Reino Unido têm sugerido nos últimos dias a possibilidade de armar os grupos rebeldes da Líbia depois de verificar que eles são incapazes de apresentar avanços militares contra Kadafi, apesar da ajuda internacional.

Ontem, as forças do governo e os rebeldes se enfrentaram nos ar­redores do terminal petroleiro de Brega (leste). Não era possível saber quem controlava o terminal.

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