
Bruxelas - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) assumiu o comando de todas as operações na Líbia às 3 h (de Brasília) de ontem. Desde 19 de março, o controle das ações estava com uma coalizão internacional liderada por EUA, França e Grã-Bretanha.
Navios da Otan garantem o embargo de armas na costa líbia. O espaço aéreo também é fiscalizado, para evitar que aeronaves do regime de Muamar Kadafi voem e possam atacar civis. A zona de exclusão aérea foi imposta por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.
A Otan concordou em ampliar sua missão, atacando forças que ameaçam os civis, após superar os temores da Turquia, único membro árabe da aliança, sobre os ataques aéreos e o desejo da França de seguir no comando dos ataques.
Apesar de aceitar a ampliação dos ataques em território líbio, o secretário-geral da aliança ocidental, Anders Fogh Rasmussen, descartou categoricamente a possibilidade de armar os rebeldes.
Rasmussen disse que Otan está na Líbia para "proteger os civis, e não para armá-los", conforme prevê a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Vamos nos concentrar na aplicação do embargo de armas [ditada pela resolução], uma decisão que afeta todas as partes envolvidas no conflito", afirmou o secretário-geral da Otan.
Estados Unidos e Reino Unido têm sugerido nos últimos dias a possibilidade de armar os grupos rebeldes da Líbia depois de verificar que eles são incapazes de apresentar avanços militares contra Kadafi, apesar da ajuda internacional.
Ontem, as forças do governo e os rebeldes se enfrentaram nos arredores do terminal petroleiro de Brega (leste). Não era possível saber quem controlava o terminal.



