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Trípoli - A Otan, aliança militar ocidental, intensificou na manhã de ontem seus ataques a Trípoli, capital da Líbia. Pelo menos 31 pessoas morreram.

Os bombardeios causaram fortes explosões na região de Bab al Aziziya, onde fica o pa­­lácio do governo. O ataque foi o mais intenso desde que a Otan começou a bombardear o país. Em resposta à Otan, o ditador Muamar Kadafi anunciou que "vai lutar até o fim’’. A mensagem de áudio foi transmitida ao vivo pela tevê estatal da Líbia.

"Nós temos só uma escolha: vamos ficar em nossa terra, vivos ou mortos’’, disse Kadafi, convocando seus adeptos a se concentrarem na região de Bab al Aziziya.

Imagens de Kadafi e outros líderes foram transmitidas ontem, também pela tevê estatal da Líbia. O local de onde fo­­ram gravadas as imagens não foi identificado. Em uma sala pequena e sem janelas, o ditador aparece usan­­do óculos es­­curos e trajes tradicionais. Des­­de o dia 30 de maio Kadafi não aparecia na tevê. Não se sabe quando a gravação foi feita.

Quando dos primeiros bom­­bardeios da Otan à Líbia, os ata­­ques eram realizados ao entardecer. Nos últimos dias, no en­­­­tanto, eles têm sido feitos du­­rante o dia.

Segundo a Otan, os ataques diurnos têm como alvo o centro de comunicações das tropas do ditador líbio. A imprensa do país afirma, porém, que o alvo é a tevê estatal.

Ação judicial

A filha do governante líbio, Aisha Kadafi, entrou ontem com uma ação contra a Otan em um tribunal de Bruxelas, através de advogados, acusando a aliança atlântica de assassinar quatro pessoas da família Kadafi, mortas em um bombardeio no final de abril. Aisha acusa a Otan de ter assassinado, num bombardeio desfechado em 30 de abril, seu ir­­mão Seif al-Arab Kadafi, de 29 anos, seus sobrinhos Seif e Car­­tago, ambos de dois anos, e também sua filha, Mastoura, de apenas quatro meses e que estava na casa do tio na hora do ataque.

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