Uma intervenção militar na Costa do Marfim não causará necessariamente uma guerra civil, disse nesta quarta-feira o líder opositor Alassane Ouattara, que reivindica vitória nas eleições presidenciais.
Ouattara disse preferir uma solução pacífica para a crise, mas rejeitou a possibilidade de negociar com o presidente Laurent Gbagbo. Ele disse à emissora France 24 que o atual mandatário deve "deixar o poder para permitir que a Costa do Marfim retorne à normalidade".
Gbagbo se recusa a conceder o poder a Ouattara, considerado vencedor da polêmica eleição de 28 de novembro, apesar da pressão internacional, sanções e ameaça de uso da força, e acusa líderes internacionais de interferirem em assuntos internos da Costa do Marfim.
Aliados de Ouattara têm pedido que uma força regional da África Ocidental cumpra a promessa de expulsar Gbagbo caso ele se recuse a deixar o poder, mas há temores de que o envolvimento de forças estrangeiras possa levar o país de volta à guerra civil.
"A intervenção militar não significa que a Costa do Marfim irá pegar fogo", disse Ouattara.
"Tudo que precisa ser feito, como foi feito em outros países africanos, é vir e pegar Gbagbo e tirá-lo do palácio presidencial".
Ouattara disse que uma oferta de Gbagbo nesta semana para negociar um fim para a crise foi apenas uma tentativa de ganhar tempo para recrutar mercenários para matar marfinenses e conseguir dinheiro.
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