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Os recentes ataques contra a Igre­­ja Católica e o Papa Bento XVI ge­­rados por escândalos de pedofilia são comparáveis aos "aspectos mais vergonhosos do antissemitismo", disse ontem o pregador do Va­­ti­ca­no, padre Raniero Cantala­­messa.

A afirmação foi feita durante a celebração da Sexta-Feira da Pai­­xão – que marca, para os cristãos, o dia em que Jesus foi crucificado –, na Basílica de São Pedro, presidida pelo Papa.

"Com desgosto acompanho o ataque violento e focado contra a Igreja e o Papa", disse Cantala­­mes­­sa, cuja função é escrever o sermão para o rito dedicado à "Paixão do Senhor". "O emprego de estereótipos e a transformação de responsabilidades e culpas pessoais em culpa coletiva me fazem recordar os aspectos mais vergonhosos do antissemitismo", afirmou.

O pregador havia dito que, como o tema do sermão era a violência, principalmente a praticada contra a mulher e dentro do ambiente familiar, não iria abordar o tema dos abusos cometidos por sacerdotes católicos contra me­­nores, já que "se fala muito deles lá fora".

O rabino Gary Greenebaum, encarregado de relações interreligiosas no âmbito do Comitê Ju­­dai­­co Americano, qualificou de "ma­­liciosas" as declarações do padre Cantalamessa. "Não é uma comparação adequada, é evidente e claro para a maioria das pessoas", disse.

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