• Carregando...

No ano que marca a celebração de 50 anos da Revolução Cubana, apenas os cartazes com os rostos dos líderes de 1959 distribuídos por Havana dão um tom de festa. No restante da cidade, há ruínas e uma população impaciente por mudanças.

Havana hoje enfrenta a pior crise desde o chamado Período Especial – momento, nos anos 1990, que marcou o fim dos subsídios de até US$ 4 bilhões que a ilha recebia anualmente da ex-União Soviética. Oficialmente, o PIB que, neste ano, cresceria 6,7% terá uma alta de apenas 1,7%. Tudo isso a partir de um ano marcado por perdas de US$ 10 bilhões por causa dos furacões.

A crise pode não ter surgido em Cuba, mas demonstrou que mesmo um regime comunista e sob embargo está vulnerável às forças do mercado. As exportações cubanas em 2009 sofreram uma queda de 36%. Os lucros das poucas empresas estrangeiras instaladas no país – como os hotéis – estão sendo bloqueados pelo governo. Mais de um milhão de cubanos vive nos Estados Unidos. Eles são responsáveis por remessas volumosas a seus familiares que ficaram em Cuba, que neste ano, devem cair 9% com a crise e desemprego nos EUA.

No setor estatal, o governo fala pela primeira vez em demissão de trabalhadores. Um dos rumores é de que um novo pacote seja anunciado ainda em dezembro, promovendo cortes nos gastos públicos e uma redução de até 10% dos trabalhadores de indústrias. O discurso do governo é o de eterno otimismo. Ao todo, 89 mil trabalhadores do setor agrário estão sem emprego.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]