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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse que a globalização contribuiu para os crescentes desequilíbrios globais em intervenção oral no Comitê de Desenvolvimento do Banco Mundial (Bird), neste domingo, em Washington. Ele apoiou o acordo anunciado nesse sábado pelo Bird que viabiliza o perdão de US$ 55 bilhões em dívidas de países pobres, em sua maioria nações africanas.

No entanto, Palocci disse que os países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, não devem ser chamados a arcar com parte dos custos adicionais gerados pelo cancelamento da dívida, "haja vista a necessidade de se combater a pobreza nesses próprios países".

Palocci defendeu que se aportem recursos adicionais ao Banco Mundial para que a instituição não se descapitalize com a medida.

Palocci deixou claro que o Brasil apóia integralmente a idéia e lembrou que o país já perdoou US$ 3 bilhões de dívidas bilaterais de países em desenvolvimento, principalmente na África e na América Latina. Mas ressalvou que o Brasil está também empenhado em seus próprios desafios de combate à pobreza.

O perdão parcial de dívidas, proposto inicialmente pelo G8 (grupo dos países mais industrializados do mundo mais a Rússia) em conferência na Grã-Bretanha, dependia da aprovação dos 184 membros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. A aprovação pelo Bird era o maior obstáculo, já que seus membros são credores da maior parte dos US$ 55 bilhões em questão (US$ 42,5 bilhões).

O FMI anunciou que terá até o final do ano para apresentar um plano de cancelamento integral da dívida externa de países altamente endividados.

Palocci defendeu que a distribuição dos encargos para cobrir os custos do cancelamento da dívida seja feita de acordo com os parâmetros de Monterrey, que definem responsabilidades diferenciadas entre as diferentes classes de atores envolvidos.

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