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Fumaça pode ser vista em área localizada perto da fronteira da Faixa de Gaza com o Egito após ataque aéreo israelense: trégua abalada por ataques centralizados | Ibraheem Abu Mustafa / Reuters
Fumaça pode ser vista em área localizada perto da fronteira da Faixa de Gaza com o Egito após ataque aéreo israelense: trégua abalada por ataques centralizados| Foto: Ibraheem Abu Mustafa / Reuters

Os governos palestinos rivais - o moderado da Cisjordânia, apoiado pelos Estados Unidos, e o do Hamas, que tem o apoio de militantes islâmicos - apresentaram, nesta quarta-feira (25), planos concorrentes para a reconstrução de Gaza, cada um deles pedindo aproximadamente US$ 2,8 bilhões em ajuda externa.

Os moderados, liderados pelo presidente palestino Mahmoud Abbas, acreditam que podem levantar todos os recursos durante uma conferência para arrecadação de fundos para Gaza que será realizada no balneário egípcio de Sharm el-Sheik na próxima semana. A Arábia Saudita já prometeu US$ 1 bilhão e espera-se que os Estados Unidos contribuam com cerca de US$ 900 milhões.

Porém, Gaza vai precisar de fronteiras abertas e de um governo aceito internacionalmente para que sua reconstrução aconteça. No momento, nenhuma dessas condições foi alcançada.

O Hamas é amplamente considerado como grupo terrorista e Israel e o Egito têm mantido Gaza isolada do mundo desde que os militantes islâmicos tomaram o território em junho de 2007, deixando a Abbas apenas o controle da Cisjordânia.

Num dos cenários, o Hamas e Abbas se reconciliariam, formando um governo conjunto e dessa forma conseguiriam o fim do bloqueio. Representantes do Hamas e do Fatah, o partido de Abbas, iniciaram uma nova rodada de conversações de reconciliação na terça-feira, mas as chances de sucesso são consideradas pequenas em razão da profunda desconfiança entre os dois lados.

Na falta de um acordo único, os governos rivais têm planos separados para reconstruir Gaza, após a ofensiva militar israelense de três semanas que terminou em 18 de janeiro, matou cerca de 1.300 palestinos e destruiu milhares de residências. Estimativas iniciais indicam que os danos ao território totalizam US$ 2 bilhões.

Na Cisjordânia, o primeiro-ministro Salam Fayyad, disse nesta quarta-feira que vai pedir aos países doadores US$ 2,8 bilhões para Gaza. Ele disse que irá apresentar um plano de reconstrução para representantes de 80 países doadores na segunda-feira, em Sharm el-Sheik.

Em Gaza, o governo liderado pelo Hamas concluiu, também nesta quarta-feira, seu próprio plano de reconstrução, com o qual busca ajuda externa de US$ 2,73 bilhões. O ministro do Planejamento, Mohammed Awad, disse que o documento de 86 páginas será enviado para a Liga Árabe e outros doadores potenciais, dentre eles agências de ajuda internacional. As informações são da Associated Press.

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