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Cidade de Gaza – A população na Faixa de Gaza teme que Israel invada novamente o território e lance uma operação em larga escala depois que militantes palestinos seqüestraram um soldado israelense. Os moradores de Gaza estão ansiosos e com medo do possível desenlace do seqüestro do recruta israelense Gilad Sahlit, de 19 anos, realizado domingo por palestinos.

O Executivo israelense deu instruções ao Exército para destacar tropas no sul da Faixa de Gaza e preparar uma operação em massa no território, do qual Israel se retirou há nove meses.

Três grupos palestinos, liderados pelo braço armado do Hamas, as Brigadas de Izzedin al-Qassam, assumiram a autoria do ataque de domingo contra uma base militar israelense, próxima à fronteira sul de Gaza, onde aconteceu o seqüestro do soldado. Dois militantes palestinos, um soldado e um oficial do Exército israelense morreram e vários militares ficaram feridos durante a operação.

O governo israelense fez ameaças dizendo que, caso aconteça algo com o soldado seqüestrado, o Exército entrará na faixa palestina. As Forças de Defesa de Israel ameaçam fazer uma operação em larga escala para encontrar os responsáveis pelo seqüestro.

Suspeita-se que o seqüestro do militar tenha sido executado por membros do Hamas. Dezenas de tanques, carros blindados e centenas de tropas de diferentes unidades esperam o sinal verde do Executivo para iniciar a operação.

Enquanto isso, os palestinos acompanham as notícias através do rádio e da televisão com ansiedade. O noticiário informa constantemente sobre o seqüestro do soldado e dos preparativos militares israelenses.

Ahmed Abu Aasi, um comerciante de Gaza acredita que a operação foi "fantástica" e que demonstra que os militantes trabalharam com inteligência para se infiltrar em Israel e lançar "semelhante ataque, único e seletivo".

No entanto, outros moradores de Gaza condenam o ataque e o seqüestro. Sallam al-Najjar, um taxista palestino, se pergunta por que razão as milícias atacaram Israel e seqüestraram um soldado em um momento em que o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, e as facções armadas estavam tão próximos de um acordo de caráter global.

A população ainda espera que a AP interceda junto ao governo israelense e evite que a violência ganhe força em Gaza.

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