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O papa XVI oficia a missa junto a 400 concelebrantes, sendo 80 cardeais, 14 padres conciliares (os que estiveram presentes no Concílio Vaticano II), oito patriarcas de Igrejas Orientais, 191 arcebispos e 104 presidentes de Conferências Episcopais de todo o mundo | AFP Photo/Andreas Solaro
O papa XVI oficia a missa junto a 400 concelebrantes, sendo 80 cardeais, 14 padres conciliares (os que estiveram presentes no Concílio Vaticano II), oito patriarcas de Igrejas Orientais, 191 arcebispos e 104 presidentes de Conferências Episcopais de todo o mundo| Foto: AFP Photo/Andreas Solaro
  • Bento XVI lidera a celebração que deu início ao Ano da Fé
  • O Concílio Vaticano II foi encerrado em 8 de outubro de 1965
  • Bispos fazem procissão antes da celebração
  • Estiveram presentes à missa de hoje 14 dos 2.540 bispos que participaram do concílio em 1962
  • A missa solene que deu início ao Ano da Fé, que se prolongará até novembro de 2013

O papa Bento XVI abriu nesta quinta-feira (11) o Ano da Fé, no dia em que se completa meio século do Concílio Vaticano II com uma solene cerimônia, na qual disse que nestas décadas a "desertificação espiritual" do mundo aumentou e é necessário se apoiar nos textos da reunião para voltar a anunciar Cristo.

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Acompanhado por 14 bispos quase centenários que participaram do Concílio Vaticano II, 400 prelados da Igreja Católica, o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, e o arcebispo de Canterbury e primaz da Comunhão Anglicana, Rowan Williams, Bento XVI disse que o Ano da Fé é necessário mais do que nunca no mundo atual, que vive "sem Deus", de costas para Ele.

"Se hoje a Igreja propõe um novo Ano da Fé e uma nova evangelização é porque há necessidade, ainda mais que faz 50 anos e a resposta que é preciso dar está contida nos documentos do Vaticano II", disse o papa.

O papa acrescentou que da experiência desse deserto, desse vazio, se pode descobrir novamente "a alegria de crer, o que é essencial para viver".

Joseph Ratzinger, que participou do Vaticano II quando era um jovem de 35 anos, professor de teologia, disse que o Ano da Fé está vinculado ao concílio, cujo supremo interesse foi que "o sagrado depósito da doutrina cristã seja custodiado e ensinado de forma cada vez mais eficaz".

O papa, emocionado em alguns momentos, lembrou que durante o concílio "havia uma emocionante tensão em relação à tarefa comum de fazer resplandecer a verdade e a beleza da fé em seu tempo, sem sacrificar as exigências do presente nem fechá-la no passado".

"Por isso considero que o mais importante é que se reavive na Igreja aquela tensão positiva, aquele anelo de voltar a anunciar Cristo ao homem contemporâneo. Mas, a fim de que este impulso interior à nova evangelização não fique em um ideal, nem caia na confusão, é necessário que se apoie em uma base concreta e precisa, que são os documentos do Concílio", disse.

Na cerimônia falou o patriarca ortodoxo Bartolomeu I, que destacou o avanço do ecumenismo impulsionado pelo Vaticano II e defendeu que esse diálogo leve finalmente à unidade dos cristãos.

Uma procissão presidida pelo papa e composta por 400 bispos, em lembrança do dia 11 de outubro de 1962, abriu a cerimônia.

Dos 2.540 bispos ainda estão vivos 69. Deles, 14 concelebraram hoje com o papa, entre eles os cardeais brasileiros Serafim Fernandes de Araújo, de 88 anos, e José Mauro Ramalho de Alarcón Santiago, de 87 anos.

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