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Papa Francisco na Terra Santa | REUTERS/Nir Elias
Papa Francisco na Terra Santa| Foto: REUTERS/Nir Elias

O papa Francisco pediu hoje a judeus, cristãos e muçulmanos que abram seus corações e sua mente para entender ao outro, e pediu que ninguém utilize o nome de Deus para justificar a violência.

Papa pede que nunca mais se repita "uma monstruosidade" como o Holocausto

Em discurso na Esplanada das Mesquitas, o pontífice pediu a paz e a justiça, e reivindicou a figura de Abraão como exemplo, já que as três religiões monoteístas o reconhecem como pai da fé e exemplo a imitar "apesar de maneira diferente".

A visita de Francisco acontece em um dia simbólico para os muçulmanos, já que hoje lembram a ascensão de Maomé aos céus que, segundo a tradição, aconteceu a partir deste lugar.

"Minha peregrinação não seria completa se não incluísse também o encontro com as pessoas e comunidades que vivem nesta Terra, e por isso, me alegro de poder estar com vocês, amigos muçulmanos", disse Francisco perante o grande mufti de Jerusalém, Mohamad Ahmad Hussein, e outras autoridades islâmicas.

O papa, que concluiu seu discurso com a palavra paz em árabe, assegurou que a peregrinação de Abraão foi também um apelo de Deus à justiça, "uma ligação a sermos agentes de paz e de justiça".

Papa pede que nunca mais se repita "uma monstruosidade" como o Holocausto

O papa Francisco também pediu hoje a Deus no museu do Holocausto em Jerusalém que "nunca mais" permita um horror como o do Holocausto, "uma monstruosidade" e "um pecado" da qual os homens devem "se envergonhar".

Francisco pronunciou uma oração após saudar sete sobreviventes daquele genocídio, acender o fogo da memória e rezar perante uma coroa de flores que lhe apresentaram uma menina católica e um menino judeu.

Ele também se tornou nesta segunda-feira o primeiro pontífice a visitar e depositar flores perante o túmulo do fundador do sionismo e pai da ideia do Estado de Israel, Theodor Herzl.

Após o ato, criticado por movimentos palestinos, Francisco entrou no museu Yad Vashem, dedicado às memórias do Holocausto judeu pelas mãos do regime nazista, após fazer uma inesperada parada no local dedicado à memória das vítimas israelenses do terrorismo.

Previamente, Francisco visitou o muro das Lamentações, o local mais sagrado do Judaísmo, depois de comparecer à Esplanada das Mesquitas, terceiro lugar mais sagrado do Islã.

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