• Carregando...
Um oficial de segurança paquistanês monta guarda do lado de fora do centro cultural iraniano, em Rawalpindi
Um oficial de segurança paquistanês monta guarda do lado de fora do centro cultural iraniano, em Rawalpindi| Foto: EFE/EPA/SOHAIL SHAHZAD

O Paquistão convocou nesta sexta-feira (19) uma reunião do Comitê de Segurança Nacional com a presença do primeiro-ministro, Anwaarul Haq Kakar, e do chefe do Estado-Maior do Exército, Asim Munir, entre outras autoridades, para analisar a situação da segurança após o fogo cruzado com o Irã que provocou uma crise diplomática.

"O primeiro-ministro Anwaarul Haq Kakar presidirá a reunião do Comitê de Segurança Nacional à tarde, que também contará com a presença do chefe do Exército, general Asim Munir, e dos chefes da Força Aérea e da Marinha do Paquistão", disse um funcionário do gabinete do premiê à Agência EFE, sob condição de anonimato.

A reunião analisará a situação geral de segurança após os ataques aéreos realizados nos últimos dias entre Paquistão e Irã, acrescentou o funcionário.

A crise começou na última terça-feira (16), quando Teerã afirmou ter bombardeado instalações no Paquistão pertencentes a um grupo sunita rotulado como terrorista pelo Irã, o Yeish al Adl.

O Ministério das Relações Exteriores iraniano disse que o ataque, em uma área a quilômetros de áreas residenciais, foi precipitado por uma "ameaça terrorista iminente" contra o povo iraniano.

Em resposta ao ataque, que, segundo o Paquistão, matou dois menores de idade, Islamabad chamou seu embaixador em Teerã para consultas e pediu ao país vizinho que retirasse seu representante na capital paquistanesa, alertando sobre as "graves consequências".

Essas consequências se materializaram na madrugada de quinta-feira (18), quando o Exército alegou ter atacado os esconderijos de dois grupos separatistas paquistaneses no Irã: o Exército de Libertação do Baluchistão (BLA) e a Frente de Libertação do Baluchistão (BLF).

Teerã condenou o ataque que, segundo denunciou, matou dez pessoas com cidadania paquistanesa, ao mesmo tempo em que apelou, em uma declaração na noite passada, por relações "fraternas" e "amigáveis" com o Paquistão, em uma tentativa de acalmar a situação tensa.

Com o objetivo de evitar novos conflitos, a embaixada paquistanesa no Irã disse, nesta sexta-feira (19), na rede social X, que existe uma "confiança mútua" entre os dois países, enfatizando seu apoio ao vizinho "em todos os momentos" em um ambiente regional complexo.

"O Paquistão sempre apoiou o Irã nos momentos difíceis e difíceis. A cooperação e a confiança mútua entre dois países irmãos em um ambiente regional complexo são essenciais para a paz e a estabilidade. O Paquistão se mantém firme em seus valores para promover a paz, a estabilidade e o desenvolvimento", afirmou.

Paquistão e Irã se acusaram mutuamente no passado de não fazerem o suficiente para conter a atividade de grupos insurgentes que operam em sua fronteira.

O Yeish al Adl reivindicou a responsabilidade pelo ataque que matou 11 policiais na cidade iraniana de Rask em dezembro do ano passado, entre outros ataques nos últimos anos.

Por sua vez, BLF e BLA reivindicaram vários ataques no Paquistão, especialmente contra as forças de segurança ou funcionários do governo, enquanto exigiam maior autonomia para a província de Baluchistão, no sudoeste do país, que faz fronteira com o Irã.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]