O Governo paquistanês, que já protestou junto aos Estados Unidos e à Otan, pediu também neste domingo explicações ao Afeganistão pelo ataque lançado neste sábado por helicópteros aliados, que matou de pelo menos 24 soldados paquistaneses.

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"O Governo do Afeganistão tem que se assegura que atos assim não sejam realizados a partir de seu território contra o Paquistão", exigiu a Chancelaria do país em comunicado.

Islamabad também lembrou que "o uso do território afegão contra o Paquistão por parte da Otan é uma violação" do mandato desta missão militar (conhecida como Isaf), que se circunscreve ao solo afegão.

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As autoridades paquistanesas ficaram enfurecidas após o ataque com helicópteros da Isaf na região tribal paquistanesa de Mohmand, fronteiriça com o Afeganistão, que segundo as últimas fontes militares consultadas pela Efe deixou 24 soldados mortos e 13 feridos.

Islamabad anunciou de forma oficial o fechamento de suas passagens fronteiriças aos veículos que transportam provisões para as forças da Otan e exigiu aos EUA que desaloje em 15 dias a base de Shamsi, situada no sudoeste paquistanês e de onde os norte-americanos operam aviões espiões.

O Paquistão recorreu assim a suas principais ferramentas de pressão diplomática, que nem sequer usou contra os EUA depois que suas forças de elite mataram Osama bin Laden no dia 2 de maio na cidade de Abbottabad.

Bruxelas e Washington pediram perdão pelo episódio armado e a Isaf anunciou a abertura de uma investigação.

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