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Milhares de civis amedrontados, muitos a pé, fugiram neste domingo do conflagrado Vale do Swat, no Paquistão, a fim de aproveitar uma pausa nos combates entre os militares e o Taleban. O Paquistão pediu aos moradores que deixassem a região na semana passada, enquanto seus aviões de combate impunham à região dominada pelos militantes o que o primeiro-ministro chamou de "guerra pela sobrevivência do país".

Centenas de milhares de pessoas já deixaram o Vale do Swat, acrescentando uma crise humanitária aos problemas do país, que tem armas nucleares. Logo que o toque de recolher foi suspenso, no início deste domingo, os moradores das principais cidades do Vale começaram a sair da região da forma como podiam.

Na cidade de Mingora, a principal do Vale do Swat, os taleban ainda podiam ser vistos, mas nenhum conflito foi registrado e nenhum jato de guerra sobrevoava a cidade. "Estamos saindo apenas com nossas roupas e umas poucas coisas para comer na longa viagem", disse Rehmat Alam, um enfermeiro de 40 anos que estava saindo de Mingora com outros 18 parentes. "Confiamos apenas em Deus porque não há mais ninguém para nos ajudar.

As autoridades disseram que o toque de recolher seria retomado no começo da tarde. A breve suspensão dos combates para permitir a saída dos moradores pode sinalizar que o Exército planeja aumentar os ataques aéreos e outras formas de bombardeio ainda neste domingo.

Em meio a elogios da Casa Branca, os líderes paquistaneses lançaram a ofensiva de larga escala na quinta-feira, a fim de deter a ampliação do controle taleban nos distritos situados num raio de 100 quilômetros a partir da capital, Islamabad. O objetivo é limpar o Vale do Swat e os distritos vizinhos da presença dos militantes, que também dominam o cinturão tribal adjacente, próximo à fronteira afegã, onde o governo dos EUA diz que Osama bin Laden pode estar escondido.

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