O chefe de polícia de Dubai, Dahi Khalfan, acusou hoje Israel de falsificar passaportes em "larga escala". Segundo ele, dezenas de documentos de viagem falsos foram descobertos desde o assassinato de um líder do Hamas. "Eu faço uma advertência. Israel está falsificando passaportes ocidentais em larga escala" afirmou. "Nós descobrimos passaportes forjados diariamente."

CARREGANDO :)

Khalfan também disse que "o mundo precisa parar a operação de vasta falsificação de documentos oficiais que uma entidade formal está realizando", referindo-se ao serviço de espionagem israelense, o Mossad.

Em 20 de janeiro, Mahmoud al-Mabhouh, um dos fundadores do braço armado do movimento islâmico palestino Hamas, foi encontrado morto no quarto de um hotel perto do aeroporto de Dubai. A polícia local acusou o Mossad de estar por trás do crime.

Publicidade

A agência de polícia internacional Interpol emitiu ontem 16 mandados de prisão de suspeitos procurados por Dubai por suposto vínculo com o crime. Antes, a Interpol havia emitido mandados para outros 11 suspeitos. Além disso, a agência anunciou que passou a integrar uma força-tarefa internacional sediada em Dubai para apurar o homicídio.

A polícia do emirado afirma que 26 dos 27 suspeitos teriam vínculos com o Mossad. Segundo o órgão, os suspeitos entraram em Dubai com passaportes falsos, usando identidades de 12 pessoas da Grã-Bretanha, seis da Irlanda, quatro da França, três australianos e um alemão. Após o crime, elas deixaram o país.

Dois membros do grupo "retornaram aos Estados Unidos após passarem por um país europeu", afirmou Khalfan na semana passada. Autoridades israelenses nem confirmaram nem negaram as denúncias.