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Havana (AFP) – O presidente cubano, Fidel Castro, denunciou na noite de terça-feira que os Estados Unidos estão criando um "dispositivo militar" para "deter" o movimento político na América Latina. Castro afirmou que Washington tem "uma mentalidade intervencionista" e planeja "entrar na Bolívia quando for preciso, e intervir inclusive no Brasil". Os Estados Unidos "andam buscando bases e criando dispositivos militares para deter a América Latina com as armas", disse Castro ao comentar o envio de 400 soldados norte-americanos ao Paraguai.

Em um discurso de quatro horas por ocasião do 52.º aniversário do assalto ao quartel Moncada, marco da revolução, Fidel afirmou que Washington "precisa de uma base contra qualquer processo político revolucionário na América Latina". Segundo ele, os EUA "não aceitam a realidade de que seu sistema conduz à catástrofe" e que a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) "é um fracasso".

Fidel também advertiu que não tolerará as "provocações" dos dissidentes cubanos, que chamou de "mercenários". Vestido com o tradicional uniforme verde oliva, Fidel qualificou de "provocações" os atos de dissidência "animados" pelo escritório de interesses dos EUA em Havana. A oposição cubana fez protestos nos dias 13 e 22 de julho.

O presidente também dedicou parte de seu discurso a lembrar que no primeiro semestre de 2005 "a economia cubana cresceu 7,3% e deve terminar o ano com alta de 9%", o que será o maior crescimento desde 1990, quando começou a crise cubana, conseqüência do desaparecimento da União Soviética e do recrudescimento do embargo norte-americano.

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