O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, reconheceu neste domingo, na véspera do 20º aniversário de morte de Pablo Escobar, que o tráfico de drogas não terminou com a morte do "senhor das drogas" e que, embora o país tenha avançado na luta contra esse problema, ainda "falta muito para acabar".

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Santos fez esta reflexão em artigo publicado em um suplemento de imprensa da Polícia Nacional da Colômbia sobre a morte de Escobar, a tiros e por homens desta corporação, no dia 2 de dezembro de 1993, em Medellín.

"Depois de 20 anos, temos que dizer que, assim como o problema não nasceu com Escobar, também não terminou com ele. Desde sua morte, vimos transformações transcendentais na Colômbia", opinou o governante.

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O presidente ressaltou que o país viveu nas últimas duas décadas uma evolução nas condições de segurança e, "ao contrário do que presenciamos na década dos anos 90, as ameaças a juízes e magistrados são mais hoje a exceção do que a regra".

"O problema do narcotráfico subsiste, é certo, e falta muito para acabar com ele. Mas hoje podemos dizer que avançamos com determinação, com persistência e com resultados visíveis na redução desta atividade que só deixa, como Escobar, sangue, corrupção e violência", concluiu o presidente.

Por sua vez, o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, que também escreveu um artigo para a mesma publicação, considerou que a morte de Escobar, "sem dúvida alguma, tirou a Colômbia do caminho do narcotráfico e deu esperança e vitória definitivas contra os cartéis da droga".

Pinzón destacou que o trabalho das forças de segurança colombianas permitiu acabar com os cartéis de Medellín, Cáli, Valle del Norte e Caribe, e que a aliança com outros países levou à detenção de 44 chefes de tráfico que se escondiam em Brasil, Argentina, Venezuela e Equador, entre outros países.

Nos últimos anos, os chefes contemporâneos do tráfico mais procurados de Colômbia e EUA foram detidos, como Diego Montoya Sánchez, conhecido como "Don Diego" (detido em 2007 e morto em 2009) e Daniel "El Loco" Barrera (identificado pelo governo como "o último grande chefe" do país e que foi capturado na Venezuela em 2012 e extraditado em julho deste ano).

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