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Começa amanhã em Assunção a audiência preliminar sobre o massacre de 11 camponeses e seis policiais em Curuguaty no ano passado, que provocou a cassação por julgamento político do então presidente Fernando Lugo.

A audiência, que já foi adiada em duas ocasiões, resolverá amanhã se põe em liberdade os 12 camponeses acusados ou se a causa será levada a julgamento oral, explicou à Agência Efe Guillermo Ferrero, um dos advogados defensores.

Os camponeses estão acusados por invasão de propriedade, associação criminosa e tentativa de homicídio, segundo Ferrero.

A audiência foi suspensa pela primeira vez a pedido da defesa, que recusou o juiz e o promotor encarregados do caso por parcialidade manifesta, e na segunda a pedido da polícia que argumentou não ter condições para garantir a segurança de seu desenvolvimento devido à proximidade com a data das eleições de 21 de abril.

"Não temos certeza que (a audiência) vá acontecer porque há um recurso pendente, já que nós pedimos que primeiro seja resolvido o litígio civil sobre a propriedade das terras", disse Ferrero.

Yanine Ríos é a juíza encarregada do caso desde que, de forma voluntária, após o pedido da defesa, o juiz original José Dolores Benítez se afastou do processo.

A audiência está marcada para as 8h30 (9h30 de Brasília ) no Palácio de Justiça de Assunção e a previsão é que dure três dias.

No dia 15 de junho do ano passado, um comando de centenas de policiais realizou um despejo em uma fazenda da cidade de Curuguaty, situada no departamento de Canindeyú (leste do país), que estava ocupada por camponeses que reivindicam a propriedade da terra.

Como resultado do enfrentamento armado, morreram 11 camponeses e seis policiais, o que provocou um julgamento político por mau desempenho do presidente Lugo, que representou a suspensão do Paraguai do Mercosul e da Unasul.

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