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Piloto fez testes na cápsula da missão, em Roswell, no Novo México, dias antes de partir para a tentativa de quebrar o recorde | AFP Photo/www.redbullcontentpool.com/Joerg Mitter
Piloto fez testes na cápsula da missão, em Roswell, no Novo México, dias antes de partir para a tentativa de quebrar o recorde| Foto: AFP Photo/www.redbullcontentpool.com/Joerg Mitter

O salto de um paraquedista austríaco de um balão a 37 quilômetros de altitude sobre o deserto do Novo México foi adiado nesta terça-feira (9) devido ao vento, mas a equipe dele disse que a aventura desafiando a morte deve acontecer mais tarde.

Felix Baumgartner, um piloto de helicóptero, balonista e paraquedista profissional, de 43 anos, pretende quebrar o recorde de salto mais alto e superar a barreira do som, se o salto ocorrer como planejado.

O clima será fundamental. A equipe de Baumgartner emitiu um comunicado na manhã desta terça informando que o lançamento do enorme, mas frágil, balão de hélio que o levará a uma altitude de 120.000 pés (36.576 metros) acima de Roswell, no Estado americano do Novo México, foi adiada para as 14h30 (hora de Brasília)

O salto, inicialmente marcado para as 10 horas, foi adiado devido aos ventos a cerca 210 metros acima do local de lançamento, disse a equipe.

Não ficou imediatamente claro quanto tempo a janela para o possível lançamento permanecerá aberta, mas se precisa de 2,5 a 3 horas para alcançar os 120 mil pés de altitude.

O balão plástico de 850 mil metros cúbicos não consegue suportar ventos superiores a 9,7 km/hora. O balão vai levar uma cápsula espacial feita para Baumgartner realizar a viagem até a estratosfera.

Baumgartner espera quebrar o recorde atual de 102.800 pés (31.333 metros) de maior altitude para uma queda livre, uma marca alcançada em 1960 pelo coronel da Força Aérea dos EUA Joe Kittinger.

Saltando de 120.000 pés, Baumgartner também irá quebrar a barreira do som. Com ar bastante rarefeito, incapaz de amortecer sua queda, ele deve atingir a velocidade do som, que é de 1.110 km/h naquela altitude, após cerca de 35 segundos de queda livre.

Ele ficará supersônico por quase 1 minuto, e deve ficar em queda livre por um total de 5 minutos e 35 segundos.

Quando Baumgartner saltar da cápsula, a posição do seu corpo será crucial, uma vez que não há ar para ele se movimentar. Se cair numa posição que o coloque em giros rápidos, Baumgartner pode desmaiar e sofrer danos graves nos olhos, cérebro e sistema cardiovascular.

A engrenagem de segurança de Baumgartner inclui um traje espacial personalizado para protegê-lo da baixa pressão e do frio extremo. As temperaturas devem chegar à casa de menos 57 graus Celsius.

A situação de quase vácuo o coloca em risco de ebulição, uma condição potencialmente fatal em que os fluidos do corpo se tornam gás e o sangue literalmente ferve. Uma lesão pulmonar grave pode ocorrer dentro de minutos.

Helicópteros equipados com instrumentos recentemente desenvolvidos para o tratamento de danos nos pulmões vão estar a postos durante o salto de Baumgartner.

"O que estamos fazendo aqui não é apenas uma tentativa de recorde. É um programa de teste de voo", disse o conselheiro do projeto Jonathan Clark, um médico e ex-cirurgião de voo da Nasa, durante coletiva de imprensa na segunda-feira.

Entre os interessados ​​na pesquisa espacial estão empresas que desenvolvem naves espaciais para transporte de passageiros. A pesquisa pode ajudar as pessoas a sobreviver a um acidente em alta altitude.

A astronauta Laurel Clark, esposa de Clark, morreu junto com seis companheiros de tripulação quando o ônibus espacial Columbia se partiu sobre o Texas em 1o de fevereiro de 2003, enquanto se dirigia para um pouso na Flórida.

O salto de Baumgartner é patrocinado pela Red Bull, que vai transmitir o evento ao vivo pela internet no site redbullstratos.com.

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