Deputados do Parlamento Europeu que investigam as supostas atividades ilegais da Agência Central de Inteligência (CIA) na Europa durante a guerra ao terror denunciaram nesta quinta-feira a pressão dos Estados Unidos sobre alguns governos europeus para evitar que venha à luz toda a verdade sobre o caso.

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O alemão Cem Oxdemir, vice-presidente da comissão criada pelo Parlamento Europeu para investigar o caso, disse que políticos "dizem de forma confidencial que existe uma grande pressão do governo americano".

Ele disse que não se deve forçar os políticos a confirmarem a pressão, pois se tratam de representantes de países que têm boa relação com os Estados Unidos e querem continuar tendo. Oxdemir salientou, porém, que não falou em nome da comissão.

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O parlamentar alemão é parte da delegação européia que está em Washington tentando obter informação sobre a presumida existência de prisões clandestinas da CIA e do suposto uso de aeroportos para transportar detidos a países em que seriam torturados.

Ele salientou que a viagem aos Estados Unidos não tem por objetivo pressionar a agência, mas sim tentar esclarecer as razões pelas quais alguns países da União Européia ou candidatos a membros estiveram, de uma forma ou outra, implicados nestas ações.

Ele disse que é muito provável que tenham existido ou existam prisões ou centros de detenção na Polônia e na Romênia.

Oxdemir afirmou que as pessoas que sabem onde elas ficam ou ficaram não querem falar, acrescentou. Mas há testemunhos, por exemplo, do pouso na Polônia, de um avião usado pela CIA, procedente da Tailândia, com pelo menos um prisioneiro suspeito de terrorismo.

No relatório provisório da investigação européia, há menção ao aeroporto de Palma de Mallorca, na Espanha, como um dos pontos-chave.

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